Amós, na 1ª leitura, denuncia os que procuram aumentar o lucro através
das injustiças e exploração dos pobres. Até as festas religiosas, a lua nova e
o sábado, que eram oportunidades de celebração e descanso para todos, são
transformadas em meios para justificar a opressão social. O Senhor, porém, toma
a defesa dos pobres.
A 2ª leitura recomenda que se façam orações por todas as pessoas. Deus,
revelado na obra redentora de Jesus Cristo, quer que todos sejam salvos e
cheguem ao conhecimento da verdade.
No Evangelho, a parábola do administrador mostra que o gerente dos bens
tinha liberdade, para agir em nome do patrão, mas de maneira coerente. Ao ser
denunciado por esbanjar os bens, cancela o lucro, os juros altos sobre o azeite
e o trigo. Sua ação ensina os discípulos a seguir o caminho solidário da
partilha, oposto a toda forma de acúmulo e injustiça. Impele a assumir uma
atitude misericordiosa e compassiva, que acolhe e respeita a dignidade da
pessoa. O Senhor confia a missão de cuidar dos bens com sabedoria, para viver
como filhos da luz. O apelo é para investir tudo, para encontrar o grande
tesouro do Reino e experimentar Deus como o bem supremo. Quem segue os
critérios de Jesus sobre os bens revela-se fiel nas pequenas coisas. A
idolatria ao dinheiro e às riquezas impede de servir a Deus com toda a
liberdade do coração e de viver fraternalmente. Jesus indicou o caminho da
justiça e afirma que ninguém pode servir a dois senhores, a Deus e ao dinheiro.
Os valores do Reino libertam e possibilitam administrar e colocar os bens
materiais a serviço da edificação de uma sociedade mais justa e fraterna.
Revista de Liturgia
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