A liturgia deste domingo propõe-nos uma reflexão sobre alguns valores
que acompanham o desafio do “Reino”: a humildade, a gratuidade, o amor
desinteressado.
Na 1ª Leitura, um sábio dos inícios do séc. II a.C. aconselha a humildade
como caminho para ser agradável a Deus e aos homens, para ter êxito e ser
feliz. É a reiteração da mensagem fundamental que a Palavra de Deus hoje nos
apresenta.
A 2ª Leitura convida os crentes instalados numa fé cómoda e sem grandes
exigências, a redescobrir a novidade e a exigência do cristianismo; insiste em
que o encontro com Deus é uma experiência de comunhão, de proximidade, de amor,
de intimidade, que dá sentido à caminhada do cristão. Aparentemente, esta
questão não tem muito a ver com o tema principal da liturgia deste domingo; no
entanto, podemos ligar a reflexão desta leitura com o tema central da liturgia
de hoje – a humildade, a gratuidade, o amor desinteressado – através do tema da
exigência: a vida cristã – essa vida que brota do encontro com o amor de Deus –
é uma vida que exige de nós determinados valores e atitudes, entre os quais
avultam a humildade, a simplicidade, o amor que se faz dom.
O Evangelho coloca-nos no ambiente de um banquete em casa de um fariseu.
O enquadramento é o pretexto para Jesus falar do “banquete do Reino”. A todos
os que quiserem participar desse “banquete”, Ele recomenda a humildade; ao
mesmo tempo, denuncia a atitude daqueles que conduzem as suas vidas numa lógica
de ambição, de luta pelo poder e pelo reconhecimento, de superioridade em
relação aos outros… Jesus sugere, também, que para o “banquete do Reino” todos
os homens são convidados; e que a gratuidade e o amor desinteressado devem
caracterizar as relações estabelecidas entre todos os participantes do
“banquete”.
Conferência Episcopal Portuguesa
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