Não faça da razão a motivação maior da sua fé. Muito pelo contrário,
permita que ela ilumine a sua razão, permita que a fé em Deus ilumine o seu
raciocínio.
Hoje, celebramos o apóstolo São Tomé. Foi ele quem, após a Ressurreição,
estando os discípulos reunidos, disse: “Se eu não vir as marcas dos pregos em
Suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no
Seu lado, não acreditarei”.
São Tomé é o apóstolo de todos aqueles que são incrédulos. Quem de nós
não tem incredulidades na vida? Aliás, no caminho espiritual, no caminho da
vida com Deus e em Deus, a grande dificuldade do nosso relacionamento com o
Senhor são as nossas incredulidades.
Nós até acreditamos em Deus – quem de nós não acredita n’Ele? Até
aqueles que não O conhecem, não tem uma experiência mais viva do Seu amor, de
uma forma ou de outra crê em Deus. No entanto, crer n’Ele não é o suficiente, é
preciso ter fé e saber o que o Senhor é capaz de fazer.
Tomé teve dúvidas, pois não havia tocado o Mestre. Ele queria uma prova,
acima de tudo, até material. Isso é próprio do racionalismo moderno; querer que
tudo seja passado por via da matéria, que tudo seja provado de forma racional.
Digo a você, meu irmão, não elimine a sua razão nem deixe de viver com
ela. Mas não faça da razão a motivação maior da sua fé. Muito pelo contrário,
permita que ela ilumine a sua razão, permita que a fé em Deus ilumine o seu
raciocínio. Dê serenidade àquilo que você crê na vida. A fé também precisa da
razão para não ser ingênua, vivida de qualquer jeito; creia que o poder de Deus
em nossa vida é maior do que qualquer dos nossos raciocínios.
Creia que esse Deus é poderoso e pode fazer muito por nós.
Então, Tomé, viu e passou a crer, mas é muito mais feliz aquele que não
vê e crê. Não vendo nem tocando, diretamente, concretamente em Deus, nós
estamos vivenciando e saboreando a presença d’Ele em nossa vida.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
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