Era Domingo, e os Pastorinhos estavam brincando na Cova da Iria. Por volta do meio-dia viram uns relâmpagos. Temendo que viesse trovoada, desceram pela encosta e contemplaram, sobre uma azinheira, “uma pequena árvore muito típica de Portugal”, uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol. Nossa Senhora, disse-lhes:
“Não tenhais medo. Eu não vos faço mal.
- De onde é Vossemecê? Lhe perguntei (Lúcia)
Sou do Céu.
- E que é que Vossemecê me quer?
Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero.
- E eu também vou para o Céu?
Sim, vais.
- E a Jacinta?
Também.
- E o Francisco?
Também, mas tem que rezar muitos terços… Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?
- Sim, queremos.
Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto…
Por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:
- Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.
Nossa Senhora acrescentou:
Rezem o terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra. Em seguida, começou-se a elevar serenamente, subindo em direção ao nascente…”.
Retirado do Livro Memórias da Ir. Lúcia
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