Cada
vez mais e mais pessoas têm buscado a cura da alma, fiéis têm também encurtado
o tempo de uma confissão para outra. Mas é preciso ficar atento, pois não basta
confessar várias vezes, é preciso confessar-se bem. Mas como fazer isso?
Bom,
confessar-se é dizer a verdade, relatar algo que foi feito; confessar significa
assumir tal ato. No caso da confissão sacramental, significa dizer os pecados,
os erros cometidos contra os mandamentos de Deus.
Quatro
passos necessários para uma boa confissão
Podemos
dizer que são necessários quatro passos. No primeiro, a pessoa deve se colocar
em oração, pedir a Deus a graça de uma sincera contrição; no segundo, fazer um
bom exame de consciência ao rezar, lembrar como foi a caminhada da última
confissão até o presente; depois, buscar o sacerdote e confessar. Por fim, após
a confissão, cumprir a penitência.
Então,
o primeiro passo é rezar, orar a Deus pedindo um coração arrependido do mal
realizado, pois nem sempre este se arrepende; muitas vezes, a consciência está
laxa, ou seja, até sabe que errou, mas não veio o arrependimento. A oração será
esse pedido a Deus para que se convença do mal e se arrependa.
Segundo
passo: importante fazer um bom exame de consciência, ou seja, fazer um balanço
desde a última confissão sobre os males cometidos. Nesse momento, vale dizer
que pecado confessado é pecado perdoado. Se um pecado foi confessado e não mais
cometido, não se confessa novamente. Outra dica interessante: se você tem
dificuldades, medo ou vergonha de se confessar, faça o seguinte: anote seus
pecados. Isso ajudará muito você e o sacerdote.
O
terceiro passo: buscar um sacerdote católico, um padre ligado à Igreja Católica
Apostólica Romana, pois ele recebeu o múnus, o serviço de celebrar este
sacramento pela autoridade do bispo que o ordenou e do bispo local. É em nome
de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Igreja que o padre perdoa os pecados.
Não
se preocupe: “O que o padre vai pensar de mim?” ou “O padre é pecador como
eu!”. O padre não vai ficar pensado nisso. Imagine! Se assim fosse, não iria
conseguir viver só pensando nos males do ser humano. Ele recebe a graça de
acolher, ouvir, dar uma direção. Pela imposição das mãos dos apóstolos, pela
graça da sucessão apostólica, os sacerdotes são colaboradores dos bispos, dos
primeiros apóstolos que deram este poder para os outros apóstolos até chegar
aos de hoje. Por que confessamos? Porque acreditamos no perdão e na autoridade
de perdoar pecados concedida por Jesus Cristo aos apóstolos (Jo 20,22-23). O
padre é pecador, mas é um escolhido; e independente de sua santidade, quando
ele ministra e perdoa os pecados, a pessoa está perdoada.
O
quarto passo: depois de confessar, o padre dá alguma orientação. Pode ser que
ele peça para o fiel rezar o ato de contrição; depois, dá a penitência. Sobre o
ato de contrição, existem fórmulas longas, outras curtas e também pode ser
rezado espontaneamente. O padre, normalmente, dá alguma penitência para que o
fiel repare o mal; pode ser uma oração, um gesto para que se retome à santidade
perdida pelo pecado. E se o padre não deu penitência? Acalme-se! A confissão é
válida. Faça uma oração e tenha atitudes de um cristão, ou seja, retome a
vivência dos mandamentos, viva a vida perguntando-se como Jesus faria se
estivesse no seu lugar.
Não
banalize o sacramento da confissão
A
confissão é uma bênção, por isso não a banalize, não a trate de qualquer forma.
Examine a sua consciência, confesse-se e proponha-se a não mais pecar. Seja
firme com você mesmo e tenha atenção às brechas que você deixa para o inimigo.
Quando se deixa de rezar e vigiar, qualquer um se torna presa fácil.
Reze
sua oração pessoal, vá à Missa, tenha devoções e reze o terço. Vigie. Esse
ambiente é legal? Esse programa convém? Por fim, como foi dito acima, lembre-se
de que não basta se confessar várias vezes, é preciso confessar-se e romper com
o pecado. Com a graça de Deus, siga em frente e tenha a santidade como meta.
Padre
Marcio
Sacerdote
na Comunidade Canção Nova
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