De
acordo com a cultura e o pensamento religioso do povo judeu, basta que amemos o
nosso próximo; ao passo que aquele a quem temos como inimigo, porque de alguma
forma nos prejudicou e nos fez mal, nós podemos odiá-lo. Contudo, Jesus nos diz
que não deve ser assim, nós precisamos amar até os nossos inimigos.
Meu
amor não pode ser um amor mínimo, mas sim, como é o amor do coração do Pai, um
amor pleno, um amor sublime, um amor que não exclui ninguém. Um amor no qual
sou capaz de dar a outra face a quem me feriu, a quem me machucou e a quem me
fez mal.
É o
amor que vence os ressentimentos e as mágoas. Se eu não consigo vencer a minha
mágoa e meu ressentimento pelas minhas forças humanas, eu preciso vencê-los
pela força da oração. E por isso o Senhor nos diz que devemos rezar por aqueles
que nos perseguem. Uma oração sincera e verdadeira: “Senhor, eu não consigo.
Senhor, eu tenho raiva dessa pessoa. Senhor, eu não consigo amá-la; por favor,
me ajude!”
O
mínimo que eu posso desejar a alguém é que Deus o abençoe, o guarde, o ilumine
e conduza o seu coração. Essa é a oração que vem do fundo da minha alma, a
oração que vem do meu coração, para que o Senhor realmente me ajude a amar a
quem eu não consigo amar.
Isso
não significa que é necessário você gostar de todo o mundo ou ter todos como
amigos. Não, isso se trata de outra afeição, de outra intimidade, de outra
forma de relacionamento. Contudo, para termos paz em nosso coração, para o
nosso coração ser pleno e vigoroso, como é o coração de Deus, não podemos negar
nem sonegar amor a ninguém.
Está
certo que existem pessoas que são difíceis e deixam muitas marcas em nós, mas a
maior força da minha vida é a força do Evangelho, é ele que me dá a graça, é
ele que me ajuda a superar, é ele que me ajuda a combater o mal e dizer:
“Jesus, conduza meus passos, conduza os meus sentimentos”.
Deus
abençoe você!
Padre
Roger Araújo
Sacerdote
da Comunidade Canção Nova
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