A 1ª leitura pertence a uma grande oração universal por ocasião da
dedicação do templo. O rei Salomão suplica a Deus que atenda também as preces
dos não-judeus, a fim de que todos os povos o conheçam e o invoquem.
Paulo, na 2ª leitura, enfatiza que seu ministério de apóstolo no anúncio
do evangelho vem do Senhor ressuscitado.
No evangelho, um oficial do exército romano vive em sintonia com Jesus,
pois crê em sua mensagem de salvação e se compadece do servo doente. Ao ouvir
falar de Jesus enviou alguns anciãos dos judeus para pedir- -lhe que viesse
curar o servo. Se um judeu frequentasse a casa de um gentio transgredia uma
regra de pureza ritual e tornava-se impuro para o culto e a oração. Os anciãos
insistem que o oficial merece o favor, por causa das boas ações realizadas,
pois chegou a construir até uma sinagoga. Mas o oficial, excluído pela religião
e por estar a serviço do império opressor, merece os benefícios da salvação
pela fé no Senhor da vida, não pelas obras realizadas. Por isso, ele confia em
Jesus e na força da sua palavra: Senhor, eu não sou digno de que entres em
minha casa... E é enaltecido por Jesus: Eu vos declaro que nem mesmo em Israel
encontrei uma fé tão grande. A cura revela a salvação gratuita proporcionada
pela força da palavra do Senhor, o Vencedor da morte. A fé do oficial gentio,
temente a Deus, mostra a abertura para o mundo não-judeu.
Revista de Liturgia
Nenhum comentário:
Postar um comentário