O profeta Natã, na 1ª leitura, denuncia a violação dos direitos e as
injustiças praticadas pelo rei Davi contra Urias. A palavra suscita a conversão
para entrar na dinâmica do amor de Deus e na prática da justiça.
Na 2ª leitura, Paulo acentua que pela fé somos transformados pela graça
e participamos da vida nova que é a vida de Cristo em nós.
No Evangelho, Jesus senta-se à mesa com as pessoas excluídas, para
manifestar-lhes a misericórdia do Pai. Ao entrar na casa do fariseu, ele é
acolhido por uma mulher, que lava os seus pés, enxuga-os com os cabelos,
beija-os e unge-os com perfume. A atitude generosa dessa mulher é oposta a do
fariseu, incapaz de demonstrar gestos de hospitalidade. A história do credor
mostra que a observância legalista dificulta acolher a salvação gratuita,
revelada no perdão. Quinhentas moedas de prata equivalem a quinhentos denários,
sendo que um denário era a remuneração por um dia de trabalho. A dificuldade
para quitar a dívida mostra que, diante do amor infinito do Pai que envia seu
Filho para salvar, resta ao ser humano amar com generosidade. A cura de
espíritos maus e enfermidades manifestam a força do Reino de Deus em Jesus.
Como o número sete simboliza a totalidade, a libertação dos demônios expressa a
adesão plena ao projeto de Jesus. Assim, essas mulheres discípulas dedicam-se
ao serviço do evangelho, com gratuidade.
Revista de Liturgia
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