A 1ª
leitura utiliza linguagem apocalíptica para falar da ação de Deus, com rosto
humano, oposta aos reinos opressores. A figura do Filho do Homem foi associada,
pela tradição cristã, a Jesus como Messias.
A 2ª
leitura sintetiza a missão de Jesus por meio de três títulos messiânicos:
Testemunha fiel, Primogênito dos mortos e Príncipe dos reis da terra. Jesus deu
a vida para formar um povo sacerdotal, pois é o princípio e o fim de toda a
criação.
O
evangelho pertence ao relato da paixão de Jesus Cristo e acentua que sua
realeza se manifesta na entrega por amor. A pergunta de Pilatos, “Tu és o rei
dos judeus?”, coloca o processo na dimensão política. Havia a expectativa de um
rei Messias, que iria restaurar a soberania de Israel. O título “rei dos judeus”
é fixado no alto da cruz, como causa da sentença de sua morte. Mas Jesus é o
Messias Servo, que morre na cruz em consequência de seu compromisso com a
justiça do Reino. Enviado pelo Pai a serviço da vida, ele manifesta que seu
Reino não é deste mundo. Jesus testemunha a verdade através da doação total da
vida por amor. Pertencer à verdade de Cristo consiste em crer e praticar a
Palavra, reconhecendo sua realeza no serviço aos necessitados. A verdade que o
Filho de Deus manifestou é um apelo à conversão: se permanecerdes na minha
palavra conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.
Revista
de Liturgia
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