A
viúva anônima da entrada do templo lembra a de Sarepta, que ofereceu
hospitalidade e partilhou o pouco alimento que possuía, na 1ª leitura. A
esperança na palavra de Deus suscita gestos solidários que asseguram a
sobrevivência durante a seca, no tempo do profeta Elias.
A 2ª
leitura ressalta que Cristo oferece sua vida pela redenção da humanidade,
transcendendo os sacrifícios que anualmente eram repetidos no dia do Grande Perdão.
No
Evangelho, Jesus está no templo de Jerusalém, centro da vida e religião de
Israel, lugar onde as pessoas costumavam fazer suas oferendas e sacrifícios. A
palavra de Jesus ilumina a tomar cuidado com os que devoram as casas das
viúvas, enquanto ostentam longas orações. As viúvas, além de marginalizadas,
eram exploradas com frequência. Por isso enquanto observa como a multidão
depositava as moedas no cofre, Jesus enaltece a ação de uma viúva pobre que
ofereceu duas moedinhas, isto é, um quadrante (valor mínimo em circulação).
Essa viúva generosa e confiante na graça divina é apresentada por Jesus como
modelo no caminho do discipulado. Sua atitude é elogiada porque ela ofereceu
tudo o que tinha para viver, não apenas o excedente como os outros. A ação da
viúva ao colocar toda a vida nas mãos do Pai, é comparada com a oferta total de
Cristo, por amor.
Revista
de Liturgia
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