Neste dia, a liturgia coloca-nos diante de evocações diversas, ainda que
todas importantes.
Celebra-se, em primeiro lugar, a solenidade de santa Maria, Mãe de Deus:
somos convidados a contemplar a figura de Maria, aquela mulher que, com o seu
“sim” ao projeto de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador.
Celebra-se também o primeiro dia do ano civil: é o início de uma
caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nos ama, que em cada dia
nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.
As leituras que hoje nos são propostas exploram, portanto, estas
diversas coordenadas. Elas evocam esta multiplicidade de temas e de
celebrações.
Na primeira leitura, sublinha-se a dimensão da presença contínua de Deus
na nossa caminhada e recorda-se que a sua bênção nos proporciona a vida em
plenitude.
Na segunda leitura, a liturgia evoca, outra vez, o amor de Deus, que
enviou o seu Filho ao encontro dos homens para os libertar da escravidão da Lei
e para os tornar seus “filhos”. É nessa situação privilegiada de “filhos”
livres e amados que podemos dirigir-nos a Deus e chamar-lhe “abbá” (“papá”).
O Evangelho mostra como a chegada do projeto libertador de Deus (que se
tornou realidade plena no nosso mundo através de Jesus) provoca alegria e
felicidade naqueles que não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os
pobres e os marginalizados. Convida-nos também a louvar a Deus pelo seu amor e
a testemunhar o desígnio libertador de Deus no meio dos homens.
Maria, a mulher que proporcionou o nosso encontro com Jesus, é o modelo
do crente que é sensível aos projetos de Deus, que sabe ler os seus sinais na
história, que aceita acolher a proposta de Deus no coração e que colabora com
Deus na concretização do projeto divino de salvação para o mundo.
Site Homilia Dominical
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