Debaixo de uma forte chuva e cercados por uma multidão de mais de 70 mil
pessoas, a Cova da Iria tornou-se palco do mais belo espetáculo atmosférico,
jamais visto até hoje.
“Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a
Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A
guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas.
- Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir: se curava uns doentes, se
convertia uns pecadores, etc. Uns, sim: outros, não. É preciso que se emendem,
que peçam perdão dos seus pecados. E tomando um aspecto mais triste: Não
ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido.”
E abrindo as mãos, fê-las refletir o sol, prometido três meses antes,
como prova da verdade das aparições de Fátima. Pára a chuva e o sol por três
vezes gira sobre si mesmo lançando para todos os lados feixes de luz e de
várias cores. Parece a dada altura desprender-se do firmamento e cair sobre a
multidão. Após dez minutos de prodígio, tomou o sol o seu estado normal.
Entretanto, os Pastorinhos eram favorecidos com outras aparições.
Desaparecida Nossa Senhora na imensa distância do firmamento, vimos ao
lado do sol, São José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um
manto azul. São José com o Menino parecia abençoar o Mundo, com um gesto que
fazia com a mão em forma de cruz. Pouco depois, desvanecida esta aparição, vi
Nosso Senhor e Nossa Senhora que me dava a idéia de ser Nossa Senhora das
Dores. Nosso Senhor parecia abençoar o Mundo da mesma forma que São José.
Desvaneceu-se esta aparição e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora em forma
semelhante a Nossa Senhora do Carmo.
Memórias da Irmã Lúcia
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