27º domingo do Tempo comum - Domingo do casamento fiel


A 1ª leitura sublinha que a criação do ser humano é obra gratuita do amor de Deus. Homem e mulher foram formados com a mesma natureza, e ao unir-se em matrimônio, constituem uma só carne para viverem na igualdade e comunhão.

Na 2ª leitura, Cristo assume nossa condição humana até a morte para nos libertar e santificar, introduzindo-nos na glória.

No Evangelho, Jesus coloca a aliança matrimonial na perspectiva do plano original do Criador. O homem e a mulher casados formam uma unidade pessoal inseparável. A legislação mosaica referente ao divórcio surgiu após o projeto inicial de Deus, por causa da dureza do coração. Somente o homem podia dar o documento de divórcio, mas na legislação romana também a mulher tinha o direito de tomar tal iniciativa. Cristo, com sua palavra, propõe a transformação radical, que vai além das prescrições legais, sugerindo igual responsabilidade aos esposos. Jesus propõe voltar ao sonho divino, revelado desde o princípio da criação. Para participar da aliança amorosa com o Senhor, é necessário viver a confiança e a receptividade como as crianças. Por isso, Jesus afirma que é preciso receber o Reino de Deus como uma criança, para entrar nele. Assim, a atitude de Jesus, que abraça e abençoa as crianças, impondo-lhes as mãos, torna-se paradigma da disponibilidade do discípulo perante o Reino.

Revista de Liturgia

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