Domingo da Páscoa de Maria

A 1ª Leitura, retirada do Livro de Apocalipse de São João, foi escrito para animar a resistência das primeiras comunidades numa grande perseguição e de uma luta imensa entre os seguidores de Jesus Cristo e o mal provocado pelo sistema judaico. Neste contexto vamos encontrar um sinal de Maria e de sua Páscoa. É um sinal animador.

A 2ª Leitura, nos mostra a mais antiga profissão de fé da Igreja primitiva, que se traduzia na expressão: Cristo morreu e ressuscitou. Esta carta nos ajuda a celebrar melhor a Festa de hoje.

A Festa da Assunção de Nossa Senhora diz respeito à vocação de toda a humanidade. No seu cântico, continuando os cantares de outras mulheres, como Miriam, Judite e Ana... Ela exulta de alegria porque a salvação de tornou mais próxima do que nunca e porque essa salvação se manifestou por meio dela, mulher simples, pobre, humilde serva de Senhor.

Maria, Isabel e Zacarias, representam a comunidade do povo de Deus de Israel e, portanto, de todo o povo de Deus que segue Jesus. É desse grupo, pobre e simples que nasce o anuncio da salvação, da grande transformação.

A Festa da Assunção de Maria diz respeito ao sentido último da nossa fé: A ressurreição de Cristo e a nossa ressurreição Nele.

Por este ato de fé, professamos que a vocação da humanidade é chegar à plena glorificação, libertada de toda maldade, de todo cativeiro de todo o pecado, de toda injustiça, de tudo que não é vida.

A glorificação de Maria se estende a todos nós. A todo povo de Deus. A todos os que colocam a sua confiança no Senhor e se tornam servidores do Reino.

Contemplando Maria assunta ao céu, somos confirmados em nossa fé.

Que nesta celebração o Senhor realize conosco a promessa que se cumpriu em Maria e possamos cantar com ela o canto dos redimidos: O meu espírito se alegra em Deus, porque olhou para a humilhação de sua serva.
Que o Senhor nos dê firmeza de espírito, para crermos no sentido profundo do batismo, que nos une a Cristo e nos fez experimentar em nossa própria carne, a vitoria da vida sobre a morte.

Atenciosamente,

Francisco Ivan de Souza
Pároco do Santuário de Fátima

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