Domingo de pentecostes

Os discípulos estavam lá, "com medo dos judeus". Depois de tudo o que viram acontecer com Jesus, não era para menos. Mas, de repente, Jesus apareceu no meio deles. A saudação da paz vence o medo. Jesus não esconde o risco, mostra os sinais da cruz nas mãos e no lado, mas faz isso como ressuscitado, dando-lhes a certeza de que ninguém poderá tirar deles a vida. Por isso, os discípulos exultaram de alegria.

Soprando sobre os discípulos o Espírito, Jesus refaz a obra da criação de Deus na vida deles e confere a missão para serem portadores da salvação que ele, como cordeiro, realizou em sua paixão e que se concretizou no perdão dos pecados.

Onde se manifesta a força do Ressuscitado, manifesta-se também o poder do Espírito Santo, o fogo de pentecostes, essa novidade dinâmica do Espírito Santo no coração da Igreja e do mundo. Lucas, no texto de Atos, diz que o Espírito se manifesta em "diferentes línguas". Ele está se referindo ao acontecimento do dia de pentecostes, mas podemos entender sua palavra também como descrição da prática da Igreja que fala a palavra da fé nas diversas línguas e culturas.

Peçamos que o Senhor realize entre nós um novo pentecostes. Que ele revista nossas Igrejas com a força do alto para que a nova evangelização se concretize nos gestos de solidariedade com os pobres, no respeito a diferentes culturas e modos de crer e reverenciar a Deus...

A assembléia reunida já é sinal de que o Espírito está agindo no coração da vida, reunindo os irmãos e irmãs na escuta da palavra, na alegria da partilha e da comunhão. Recebemos o Espírito como força amorosa que reanima os nossos corações e nos confirma na missão, em comunhão com outras Igrejas.

Retirado da Revista de Liturgia

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