Domingo do Leproso Curado

A 1ª Leitura nos mostra que a lei de Levítico mostra que a lepra era sinal de pecado, por isso a pessoa era excluída do convívio social.

Na 2ª leitura, a carta de São Paulo aos Coríntios nos convida a sermos imitadores de Cristo.
 
Neste evangelho acontece a cura do leproso devido a compaixão e o amor de Jesus Cristo pelo seu semelhante.

Neste domingo, a palavra afirma que no Reino de Deus, os pequenos e marginalizados são reabilitados. A lepra ou uma dermatose grave provocava a impureza legal e excluía a pessoa da comunidade.

Quem era declarado leproso devia evitar contagiar fisicamente e ritualmente outras pessoas. Habitavam fora, andavam de luto por si próprio porque eram como um morto ambulante. Para um doente assim só restava entregar-se à própria sorte esperando a morte real ou um milagre para salva-lo e reintegra-lo a sociedade.

A cura precisava ser testemunhada oficialmente, conforme Levítico. Os sacerdotes diagnosticavam, não curavam. Jesus toca o leproso, não se contamina, cura e limpa o enfermo.

A decisão de Jesus em curar o leproso revela que ele quer a libertação integral do homem e da mulher. Quer a pessoa totalmente apta para participar da sociedade; pessoa cidadã, sem nenhuma exclusão.

A cura do leproso é o primeiro de uma série de episódios que testemunham a novidade revolucionária da palavra e da ação de Jesus: o Reinado de Deus se aproxima da humanidade.

Pouco a pouco vai se acentuando o choque com as estruturas injustas da época, chegando a provocar o ódio das autoridades políticas e religiosas que iniciam os planos para matar Jesus. Diante dos excluídos, Jesus se compadece, fica comovido “até as vísceras”, ou como em outras traduções ele fica “cheio de ira”.

Jesus enche-se de compaixão pelo doente e de ira contra uma sociedade que produz e segrega o marginalizado.

O gesto de amor de Jesus supera a lei que discrimina e põe para fora. Ele traz a justiça de Deus, rompe com a injustiça humana. Jesus viola a lei e inclui os impuros.

Nossa igreja, a que lei segue?

Atenciosamente,
Pe. Francisco Ivan de Souza
Pároco do Santuário de Fátima

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