Domingo da Cura da Sogra de Pedro

Na 1ª Leitura, Jó é um justo sofredor. Ele busca nesta sua experiência um sentido para sua vida. Para os judeus do século VI que passavam pelo exílio (quando o livro foi escrito) esta meditação lembrava que a opressão não pode ser tomada como castigo de Deus e que a sua salvação venha a nós de graça, independente do nosso pecado.

A 2ª Leitura nos mostra que em sua primeira carta aos Coríntios, Paulo escreve a respeito de como entende o seu ministério: não como uma profissão em proveito próprio, mas como serviço solidário e gratuito a favor de todos.

No evangelho de hoje, Jesus se desloca da Sinagoga à casa de Simão e de André, com Tiago e João, ou seja, acompanhado dos primeiros discípulos escolhidos.

A sogra de Simão encontra-se doente. A ação de Jesus em curar a sogra de Pedro é carregada de simbologia. Jesus toca a pessoa doente, ajudando-a a se levantar.

Em sinal de gratidão pela cura recebida, a pessoa oferece hospitalidade a Jesus e aos seus discípulos. Jesus cura as pessoas, levantando-as da situação de prostração, de sofrimento para colocá-las no caminho do serviço, do discipulado.

Curadas e libertadas de seus males, as pessoas se tornam colaboradoras da missão de Jesus, colocando-se a serviço do seu Reino.

As demais curas manifestam o poder de Jesus, que liberta o ser humano e suas misérias mais profundas. Jesus liberta os que confiam no dom gratuito da salvação de Deus.

O silêncio em relação a Jesus revela que a fé no Filho de Deus é alcançada plenamente depois de sua morte e ressurreição. Atividade de Jesus em favor do povo é sustentada pela oração. Fortalecido pelo encontro com o Pai, Jesus estende sua missão a toda Galileia, ensinando nas sinagogas e expulsando os demônios, ou seja, o mal que se opõe ao projeto de Deus.

Assim Jesus mostra que veio manifestar a compaixão e a misericórdia de Deus a todos os povos.

Atenciosamente,
Pe. Francisco Ivan de Souza
Pároco do Santuário de Fátima

Nenhum comentário: