Domingo dos Santos Reis

No contexto da 1ª Leitura, o Povo de Deus encontra-se no cativeiro, na Babilônia ou refugiado em algum outro país, vivendo em meio a povos pagãos. Para o povo isso era como se a terra estivesse coberta de trevas.

Alguns grupos estavam voltando e Jerusalém estava em vias de reconstrução, mas o clima geral era de muito pessimismo.

O profeta Isaias, porém, tinha certeza que Jerusalém seria reconstruída e seria mais gloriosa do que antes. Ele acreditava que não só o povo de Israel iria ver a sua luz, mas também os povos pagãos.

Na 2ª Leitura, Deus não fez conhecer aos homens das gerações passadas o Seu mistério, mas acaba de o revelar agora, pelo espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados a mesma promessa em Jesus Cristo por meio do Evangelho.

No Evangelho, a estrela de Belém pode guiar nossos passos ao longo deste ano. Deus se manifesta a todos os povos na pessoa do recém nascido.

Natal e Epifania celebram aspectos diferentes de um mesmo mistério. Enquanto no Natal celebramos a encarnação do Filho de Deus e seu nascimento na carne, a Epifania salienta as manifestações que anunciam na terra o nascimento terreno desse Filho.

São Leão Magno nos recorda que “Se o verbo se encarnou num povoado distante, numa família modesta, não quis, porém limitar aos estreitos limites da casa paterna as primícias da sua vinda: quis logo dar-se a conhecer a todos, ele que se dignou nascer para todos”.

Hoje evocamos esta manifestação fazendo memória do episódio dos magos, mas a Epifania é celebrada também na festa do batismo do Senhor no Domingo das Bodas de Cana, na Festa da apresentação do senhor no Templo.

Hoje, somos convidados a participar da grande convocação que Deus faz em Cristo, a todos os pobres, aos pequenos e humildes de toda a terra.

O assunto das leituras deste domingo é a manifestação de Deus a todos os povos, representados pelos três reis do oriente: Baltazar, Gaspar e Melchior. Jesus é o Messias Salvador rejeitado pelos seus, mas revelado aos pagãos e por eles acolhido.

Na celebração de hoje imploramos que venha sobre nós, sobre todas as igrejas cristãs e todos os povos a luz que nos oriente o caminho do Deus verdadeiro.

Atenciosamente,
Pe. Francisco Ivan de Souza
Pároco do Santuário de Fátima

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