A
leitura dos Atos mostra que Paulo e sua equipe missionária, enraizados na Boa
Nova de Jesus, formam comunidades que incluem todos os povos de modo especial
os gentios.
O
salmista convida a louvar o Senhor, que é bom, e a reconhecer que somos seu
povo e seu rebanho.
Na
leitura do Apocalipse, os perseguidos por causa da Palavra e do testemunho
(6,9) são os vencedores, como o Cordeiro imolado são conduzidos às fontes da
água da vida.
O
evangelho apresenta o ensinamento de Jesus no contexto da festa da Dedicação do
Templo, Hanukká, em hebraico (10,22). Enquanto Jesus caminhava pelo Templo
(10,23) revela-se como o Enviado e o Consagrado do Pai (10,36), alusão ao novo santuário,
à nova forma de encontro com Deus, inaugurada com sua morte e ressurreição
(2,21-22). A prática de Jesus manifesta a compaixão de Deus pelo povo, que era
como ovelhas sem pastor (Mc 6,34).Diferente dos “maus pastores” (10,12-13; cf.
Jr 23,1-2; Ez 34), Jesus é o bom Pastor que estabelece uma relação de comunhão
recíproca com suas ovelhas: Minhas ovelhas ouvem minha voz, eu as conheço e
elas me seguem. A escuta da palavra leva ao reconhecimento de Jesus como o
Messias Servo, que dá a vida por amor (cf. Is 40,11; 53,12) para que todos
tenham vida eterna. O mundo, as adversidades não podem arrebatar as ovelhas da
mão de Jesus, pois foram confiadas ao seu cuidado pelo Pai (cf. 18,9). A
comunhão perfeita com o Pai é o fundamento do vínculo permanente que une Jesus
e os seus. Assim, Jesus testemunha: Eu e o Pai somos um, afirmação considerada
blasfêmia pelas autoridades religiosas ligadas ao Templo, motivo de apedrejamento (10,30-33; cf. Lv 24,16). No
fim da missão, que realiza na unidade com o Pai, Jesus reza confiante: Que
todos sejam um. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti (17,21).
A
cumplicidade entre o Pastor es ovelhas, imagem da íntima comunhão entre Jesus e
a comunidade Cristã, indica como deve ser exercida a liderança em nossas comunidades. O Papa Francisco tem
insistido com palavras e com seu testemunho sobre a proximidade que deve
prevalecer entre os pastores e o povo a
eles confiado, traduzido pela “sentir o cheiro da ovelha”.
Neste
domingo do Bom Pastor, escutemos com especial atenção a sua voz, na Palavra
proclamada na assembleia litúrgica. Sentando à mesa com ele, alegremo-nos com a
sua presença, agradeçamos por sua misericórdia e compaixão para com os pobres,
com os doentes e excluídos.
Revista
de Liturgia
Nenhum comentário:
Postar um comentário