Na
leitura dos Atos, os apóstolos são perseguidos e açoitados por causa do
testemunho do nome de Jesus. Obedientes a Deus, eles continuam a ensinar e anunciar a Boa Nova de
que Jesus é o Cristo (5,42).
O
salmista celebra a experiência da salvação.
A
leitura do Apocalipse acentua que Jesus, o Cordeiro imolado, é digno de receber
poder, riqueza, sabedoria, força, honra, glória, louvor; o culto cósmico,
louvor de todas as criaturas do céu e da terra.
O relato
da manifestação de Jesus aos discípulos, às margens do mar de Tiberíades ou
lago de Genesaré (Lc 5,1), está inserido nas narrativas pós-pascais. Em Lc
5,1-11 há um texto semelhante, colocado no início do ministério na Galileia. A
pesca com rede era realizada à noite (Lc 5,5), mas naquela noite não pescaram
nada. Ao amanhecer, a presença do Ressuscitado e a confiança em sua palavra
encoraja a lançar a rede. A “pesca prodigiosa” revela que o êxito da missão
decorre da conformidade com o projeto do Pai, manifestado em Cristo. O
discípulo amado, como representante da
comunidade, reconhece a presença do Senhor (cf. 20,8). Os peixes
representam aqueles que encontrarão o Senhor através do trabalho missionário
dos discípulos (10,16). A refeição (21,9.12-13) com Jesus que oferece a vida
por amor (13,1) ilumina os olhos e o coração para reconhecer o Senhor, o
Ressuscitado como em Mc 16,14; Lc 24,30.42-43. Pão e peixe são os alimentos
abençoados por Jesus também no sinal da multiplicação (6,1-15). Os gestos de
Jesus, ao tomar e dar o alimento, lembram de modo especial sua presença na
eucaristia (palavra derivada do grego eucharisteo, dar graças). Pedro, após ter
negado que conhecia Jesus e fazia parte do grupo de seguidores (18,17-27),
reafirma seu amor no caminho do seguimento até a entrega da vida no martírio.
O relato
tem uma dimensão Eucaristia, reunião da comunidade com o Ressuscitado, comendo
e bebendo em ação de graças, fazendo memória da sua páscoa: passagem da morte
para a vida, da fome para a abundância, da noite para o dia. Eis o sentido da
missa que reúne a comunidade cristã a cada domingo.
Nesta
eucaristia, ouvindo a palavra de Jesus, sentando à mesa com ele, comendo e
bebendo em memória da sua páscoa, retomemos nossa adesão a ele, nosso
compromisso com o caminho que ele trilhou e nos propõe.
Revista
de Liturgia
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