No primeiro dia da
semana, os discípulos reunidos se enchem de alegria por verem o Senhor como ele
havia prometido (14,19; 16,16-24). A paz que Jesus oferece é enfatizada
(20,19.21.26), por ser dom de sua morte e ressurreição. Ela, de modo diverso do
mundo (14,27), proporciona o slalom que vem de Deus que inclui a concórdia
entre os povos (Ef 2,11-22). O Ressuscitado, reconhecido com os sinais da
paixão nas mãos e no lado, liberta do medo os que continuam provados pelas
perseguições e mortes (16,2; Hb 2,18). O Espírito Santo, dádiva da Páscoa de
Jesus, relembra o sopro de Deus que tornou o homem ser vivente (Gn 2,7). Os
discípulos, fortalecidos pelo Espírito do Ressuscitado, continuam o ministério
de misericórdia e conciliação. Oito dias depois abre uma semana nova, mas
também o tempo do “crer” dos que não fizeram a experiência direta das aparições
do Senhor. A aclamação litúrgica: Meu Senhor e meu Deus é a profissão de fé da
comunidade em Jesus, exaltado como Senhor glorioso por sua entrega plena na
cruz. Felizes aqueles que não viram e creram, ou seja, todos os que creem pela
palavra anunciada e testemunhada pelos discípulos. Muitos sinais realizados por
Jesus foram escritos para levar a crer em Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, e a
viver em seu nome.
Na leitura dos Atos, a
comunidade crente se reúne no Pórtico de Salomão (3,11), para escutar o
ensinamento dos apóstolos (2,42) e testemunhar os sinais e prodígios que eles
realizavam em nome de Jesus.
Como salmo, agradecemos
ao Pai pela sua misericórdia eterna manifestada em Cristo, a pedra rejeitada
que se tornou a pedra principal.
Na leitura do
Apocalipse, as comunidades perseveram nas tribulações com a força que vem da
ressurreição de Jesus, celebrada de modo especial no Dia do Senhor, o Domingo.
Neste “Dia do Senhor”,
a força da ressurreição é fonte de testemunho e de alegria, de paz e perdão. É
esta força que gera as novas comunidades chamadas a prolongar a obra de Jesus.
Ao fazer memória deste evento fundamental da nossa fé, também em nós se renova
a alegria e o fervor na missão.
Escutemos a Palavra do
crucificado-ressuscitado, deixando que ela toque nosso coração e nos anime a
assumir com renovado ardor a missão que nos é confiada a cada dia.
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