11º Domingo do Tempo Comum

O texto de hoje traz à tona dois elementos muito importantes para o estudo dos Evangelhos – “o Reino de Deus” e “as parábolas”. E Jesus vai usar das parábolas para nos falar do Reino.

Jesus tinha uma pedagogia muito própria para transmitir ao povo seus ensinamentos. Ao se dirigir a grupos maiores, ele gostava de falar usando comparações, fazendo relações com elementos conhecidos da comunidade: objetos, profissões, plantas.

Este modo de Jesus ensinar, contando pequenas histórias compreensíveis por todos, denomina-se ‘parábolas’. As parábolas ajudam a assimilar o projeto de Deus. Para nós, hoje, mesmo que algumas imagens não sejam fáceis de entender, podem, no entanto, nos ajudar a compreender o que Deus nos propõe para nos comprometermos com seu projeto.

No Evangelho de hoje, o Mestre recorrer à imagem da semente lançada na terra pelo agricultor, a qual, depois de cumprido seu ciclo de germinação e maturação, será por ele colhida. Somos nós esta semente que o Pai lança aqui na Terra, no mundo. Cumprido nosso ciclo de vida, ele virá nos colher. Em seu projeto, Deus propõe que sejamos como a semente de mostarda, que torna-se “a maior das plantas da horta”.

Na leitura do Antigo Testamento, o profeta Ezequiel recorre a uma imagem semelhante a esta, quando Deus diz: “Eu próprio arrancarei um ramo novo e vou plantá-lo num monte muito alto (…) e ele lançará ramos e dará frutos e tornar-se á um cedro majestoso”.

No contexto de Ezequiel, ele está se referindo ao povo exilado na Babilônia e, com estas palavras inspiradas, quer transmitir esperança àqueles que se encontram longe de sua terra, escravizados, sofredores, sem horizontes de vida. Nesta ambiente, Ezequiel mostra, por imagens, que Deus é fiel e que quer construir, com seu povo, a história da salvação.

Na Carta de Paulo aos Coríntios que hoje ouvimos, o apóstolo começa exatamente sublinhando a confiança que inunda aqueles que creem em Jesus Cristo. Paulo também se refere a exilados, porém não a um povo que está distante de seu país. Ele refere-se a nós todos cristãos que peregrinamos neste mundo, visando ao retorno para junto do Pai, ao final de nossa vida e ao final dos tempos, no reino que não terá fim.


Diocese de Limeira

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