Domingo da cura do surdo-mudo


A atividade de Jesus na 1ª leitura indica que a profecia messiânica de vida melhor para o povo se torna realidade no ministério de Jesus. O Messias prometido se revela abrindo os olhos dos cegos, os ouvidos dos surdos, soltando a língua dos mudos para que anunciem as maravilhas da salvação.

Na 2ª leitura, a adesão a Jesus Cristo impulsiona a superar todas as formas de privilégios, que conduzem à acepção de pessoas. Os pobres, por causa de sua fé, são ricos, herdeiros do Reino, objeto do cuidado especial de Deus e das bênçãos messiânicas.

As atividades misericordiosas de Jesus, realizadas em diversas cidades, revelam a presença do Reino de Deus. Um homem incapaz de ouvir, e que falava com dificuldade, é levado até Jesus para que lhe impusesse a mão. Como Mestre por excelência, ele coloca os dedos nos seus ouvidos e, com a saliva, toca-lhe a língua, para que se torne verdadeiro discípulo. As palavras do Mestre de Nazaré transformam a situação do surdo-mudo: imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. Recordando o plano da criação, ouvir e falar são essenciais para acolher a palavra e responder através da proclamação de fé. A proibição para não divulgar o milagre está associada à identidade de Jesus, que será manifestada plenamente na cruz e na ressurreição.

Revista de Liturgia

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