Domingo da Santíssima Trindade


Na leitura de Provérbios, a reflexão sobre a Sabedoria (cf. 8,1s) revela sua origem, anterior a todas as coisas (8,22-26); sua presença na ação criadora (8,27-30) e a tarefa que exerce entre os seres humanos, para guiá-los a Deus (8,31.35-36).

O salmo é um hino de louvor que convida a colaborar com Deus na preservação de sua obra.

A leitura aos Romanos ensina a enfrentar as tribulações firmes na fé, na esperança e no amor de Deus derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado, pela glorificação de Jesus (Jo 7,39; 20,22).

Os discípulos, que permaneceram com Jesus (1,39) e testemunharam seus gestos e palavras, compreenderão muitas coisas, o sentido pleno de sua missão, iluminados pelo Mistério Pascal (2,22; 12,16; 13,7). Em meio às aflições por causa da missão, são consolados pela presença e agir da Trindade. A ênfase no verbo “anunciar” (16,13.14.15) refere-se aos desafios de continuar a missão de Jesus. Os discípulos trilham o caminho com a certeza da sua   promessa: O Espírito da Verdade conduzirá em toda a verdade. O Espírito falará do que ouve de Jesus e do Pai; recordará aos discípulos as palavras de vida eterna (6,68) que ouviram de Jesus. A comunhão perfeita que há entre o Pai e o Filho Jesus (16,15; 17,10) e o Espírito Santo ilumina a vida e a missão das comunidades cristãs.

A solenidade da Trindade convida a acolher as diversas manifestações do amor de Deus na comunidade e no mundo. Confiantes na ação do Espírito da Verdade, podemos realizar a missão com eficácia, perseverando no anúncio da Boa Nova, no obstante as tribulações.

Neste domingo, em que contemplamos o mistério da comunhão de Deus Trindade, damos graças, repartindo entre nós o pão e o vinho, fruto da entrega de Jesus e da ação do Espírito. Que o amor da Trindade nos ensine a formar comunidades fraternas alicerçadas no respeito e no diálogo.

Revista de Liturgia

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