Na
leitura dos Atos, Jesus exaltado enquanto os discípulos olhavam para o céu,
indica o Reino de Deus já presente, em seus gestos de misericórdia, em sua
atividade messiânica (9,2; 11,20; 17,21; At 1,3).
O salmo
celebra, com aclamações e ao som da trombeta, a vitória de Deus em todo o
universo.
Na
leitura aos Efésios, o Pai ressuscitou Jesus dentre os mortos e o fez sentar-se
à sua direita na glória. O espírito de sabedoria e revelação conduz ao
conhecimento de Deus, ao seu agir que leva à adesão de sua vontade.
O relato
da ascensão de Jesus é anúncio para a efusão do Espírito Santo e a missão da
Igreja, realçados nos Atos dos Apóstolos que completam a obra de Lucas. Os
discípulos, iluminados pelas Escrituras, compreenderão o plano de Deus,
realizado em Jesus: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia
e, em seu nome, será anunciada a conversão para o perdão dos pecados a todas as
nações, começando por Jerusalém (9,22; 18,33; 24,7.46-48). O lugar onde termina
o ministério de Jesus marca o início da missão da Igreja, iluminada pelo
Ressuscitado. O Espírito, anunciado pelos profetas (Is 44,3; Ez 36,26; Jl
3,1-2), faz dos discípulos testemunhas da vida nova de Cristo Senhor. Em Betânia,
aproximadamente a três quilômetros de Jerusalém, local da entrada messiânica de
Jesus (19,28-44), ocorre sua exaltação final. A grande alegria pelo nascimento
do Salvador (2,10) alcança plenitude na exaltação. No Templo, onde começa e
termina o evangelho (1,5-23; 24,53), os discípulos louvam a Deus pelas
maravilhas realizadas em Jesus para a nossa salvação.
Como
seguidores/as de Jesus, nossa missão é animada pela bênção com a qual Jesus
curava os doentes, perdoava os pecadores, acolhia os pequenos. A ação do
Espírito Santo nos faz experimentar sua presença na palavra, na oração, na
eucaristia, nos gestos de bondade e acolhimento.
Na
eucaristia deste domingo damos graças ao Pai, por Jesus que se fez um de nós e
é cabeça de sua Igreja, e porque somos chamados a continuar sua obra de
salvação no mundo. Adoramos o Senhor e, na alegria pascal, esperamos o Espírito
de Pentecostes.
Revista
de Liturgia
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