A força de uma gentileza
A falta de gentileza
machuca a nossa sensibilidade
Em um mundo onde
coloca-se em evidência aquilo que não é bom, ser gentil pode parecer fraqueza,
quando na verdade é bem o contrário. Quem nunca mudou de ideia depois de um
sorriso verdadeiro, um aperto de mão ou até mesmo uma palavra animadora?
Atitudes de carinho, respeito e atenção fazem toda a diferença onde quer que
seja e tem força para abrir portas e nos levar a grandes realizações! É que o
coração humano criado para amar e ser amando, tem sede de ternura e quando a
encontra deixa-se guiar por ela. Já a rispidez, é exatamente contrária aos
nossos anseios, por isso nos fere tanto quando a recebemos.
Dizem que a falta de
gentileza machuca a nossa sensibilidade, tanto quanto uma geada caindo sobre as
flores. Retarda o crescimento de tudo o que é amável e nos impede de
desabrochar com a beleza e a simplicidade que trazemos na alma. Por outro lado,
a gentileza é comparada a um verão maravilhoso cujo calor estimula e influencia
o crescimento das belas virtudes que somos capazes de externar. A gentileza é
resultado de um coração forte, curado e unido a Deus pela força de se amor
original e jamais pode ser confundida com a fraqueza. A fraqueza faz barulho e
tenta impressionar, a gentileza é discreta e faz questão de não aparecer.
Fúria e força
Existe uma fábula
atribuída a Esopo que ilustra bem estre contraste:
“Conta-se que o sol e o
vento discutiam sobre qual dos dois era mais forte.
Então o vento disse:
– Provarei que sou o
mais forte.
Vê aquela mulher que
vem caminhando com um lenço azul no pescoço?
Aposto como posso fazer
com que ela tire o lenço mais depressa do que você.
O sol aceitou a aposta
e recolheu-se atrás de uma nuvem.
O vento começou a
soprar até quase se tornar um furacão, mas quanto mais ele soprava com força,
mais a mulher segurava
o lenço junto ao pescoço.
Finalmente, o vento
acalmou-se e desistiu de soprar.
Então, o sol saiu de
trás da nuvem e sorriu bondosamente para a mulher.
Com este gesto, ela
imediatamente esfregou o rosto e tirou o lenço do pescoço, respirando aliviada.
O sol disse, então, ao
vento:
– Lembre-se disso meu
amigo: A gentileza e a bondade são sempre mais fortes que a fúria e a força”.
Gentileza e tempo
Talvez seja por isso
que as pessoas que agem com gentileza, respeito e consideração são sempre tão
admiradas e dependendo do caso, até mesmo temidas. São Francisco de Sales,
grande doutor da Igreja, certa vez escreveu: “Quando encontrar dificuldades e
contradições, não tente derrubá-las com sua força; aceite-as com gentileza e
tempo.” – e continua explicando que
assim se alcançará a vitória. Até porque, muitas vezes por trás de uma palavra
grosseira ou até mesmo um gesto humilhante, está um coração ferido, pedindo
para ser amado e a gentileza expressa com sinceridade, pode ser o canal para a
cura acontecer.
Diante desta fábula,
recordo-me também da passagem de I Reis 19, 11-12, onde narra a história do
profeta Elias no monte Horebe, desejoso de encontrar Deus. “Um grande e forte
vento rasgou os montes e despedaçou rochas, mas o Senhor não estava no vento.
Depois da tempestade veio um furacão com resultados amedrontadores, mas o
Senhor não estava no terremoto. Veio então um fogo, mas o Senhor não se
encontrava no fogo. Depois do fogo ouviu-se um doce sussurro no ar, uma voz
mansa e cheia de amabilidade e ali estava Deus”. Um Deus gentil e amoroso que,
mesmo tendo poder para criar o universo e manter o mundo, escolhe revelar-se
com gentileza e amor.
Fiquemos atentos as
oportunidades que Ele nos dá, sendo canais da ternura, neste mundo tão sedento
de amor!
Dijanira Silva
Missionária da
Comunidade Canção Nova
Coloquemo-nos a serviço do bem e não do pecado
As Palavras de Jesus,
no dia de hoje, parecem ser muito duras a nós. Porque, se nossas mãos, nossos
pés, nossos olhos levam-nos ao pecado, vamos cortá-los, ou seja, vamos tirar os
nossos membros, nos debilitar para que possamos viver na graça. Assumindo num
sentido radical da palavra, parece impossível alguém sobreviver, estar de pé;
não vai sobrar um membro só do nosso corpo.
Mas, a afirmação tem um
outro sentido muito mais belo e mais profundo: ‘Corta aquilo que leva a sua mão
a pecar, corta aquilo que leva o seu olho a pecar, corta aquilo que leva os
seus pés a pecarem’. Sejamos firmes, moderados e, acima de tudo, disciplinados
para que não coloquemos os nossos membros a serviço do pecado, mas a serviço da
graça!
Cuidado, existem
situações em que o nosso olhar se desvia, se perde. Se o nosso olhar se desvia,
se perde, se perde pelas impurezas, pelos julgamentos. Se o nosso olhar nos
leva à cobiça, ao mau desejo, sejamos firmes com o olhar, em discipliná-lo para
que não nos leve à condição do pecado. Isso vale para os nossos pés, para onde
andamos, para onde vamos; para as nossas mãos, aquilo que pegamos, tocamos,
teclamos, aquilo que fazemos com nossas mãos. Se vamos continuar no ritmo de
Jesus (isso vale para nossa a língua, para os nossos ouvidos, vale para cada um
dos órgãos que compõem o nosso corpo humano).
Cada um sabe onde está
a sua fraqueza, o seu ponto de queda, mas, é importante cortar, disciplinar, e,
de fato, colocar a nossa vida nas rédeas para que os nossos membros não nos
tirem do estado da graça e nos conduza ao estado do pecado, nos conduza ao
inferno.
O que nós queremos é ir
para o céu, e para isso temos que colocar os nossos membros, cada um deles: o
olho, o pé, a mão, tudo que temos, a serviço da graça, da verdade, do bem do
Reino de Deus!
Que o bom Deus abençoe
você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade
Canção Nova
27º Domingo do Tempo Comum
Os discípulos de Jesus
proibiram um homem de expulsar demônios em seu nome. Motivo da proibição: não
era do grupo dos seguidores diretos de Jesus.
Diante da notícia,
Jesus reagiu dizendo: “Não o proibais, pois ninguém que faz milagres em meu
nome poderá logo depois falar mal de mim. Quem não é contra nós, está a nosso
favor!” (Mc 9,39-40).
Em outras palavras, se
é no “nome” de Jesus que fazem o bem, é sinal que realizam precisamente o que
Jesus significa e deseja: o bem das pessoas. O bem das pessoas tem tudo a ver
com o “nome” de Jesus! Isso é que importa!
Querem ver? Um simples
copo de agua dado a alguém – em “nome” de Jesus, portanto! – já tem a sua
recompensa; não importa quem o faça. O contrário também: “Se alguém escandalizar
um destes pequeninos que creem” – isto é, se age contra o “nome” de Jesus,
fazendo o mal, portanto -, melhor que fosse jogado no mar com uma pedra no
pescoço. Não importa também quem o faça.
Portanto, se um dos
membros do teu corpo te leva a fazer o mal em vez do bem, corta-o fora,
arranca-o. Em outras palavras, o “nome” de Jesus – isto é, o bem a ser feito
acima de tudo” -, exige que a gente corte pela raiz tudo o que leva a afazer o
mal a quem quer que seja. Caso contrário, a gente mesmo acaba se arruinando
radicalmente na arte de fazer o bem.
Aliás, a história de
exclusividade na arte do bem fazer já e uma história muito antiga, do tempo de
Moisés, como vimos na primeira leitura (cf. Nm 11, 25-29). Alguém reclama de
duas pessoas não pertencentes ao grupo dos anciãos (colaboradores próximos de
Moisés) que estavam também profetizando. Moisés, iluminado pelo espírito de
Deus, lhe responde: “Tens ciúmes por mim? Quem dera que todo o povo do Senhor
fosse profeta, e que o Senhor lhe concedesse o seu espírito!”.
Em outras palavras, a
possibilidade de profetizar (fazer o bem) está aberta a todos. Não é
exclusividade de um grupo. Eis a perfeição da lei de Deus. Por isso que
cantamos hoje o Salmo 19, cujo refrão soa assim: “A Lei do Senhor e perfeita,
conforto para a alma”.
Desapego, portanto, de
tudo, pois os apegos não levam a nada, porque não estão no cardápio de Deus.
Por isso que a Palavra de Deus hoje, através da carta de Tiago, também dá uma
boa chamada aos ricos, isto é, aqueles cujo Deus são duas fortunas materiais e,
consequentemente, praticam a injustiça, condenando os trabalhadores a morrerem
à mingua. “Ricos, desgraçados de vocês, pois as riquezas de vocês já estão
apodrecendo” (cf. Tg 5, 1-6), é o alerta da Palavra. Segurar tudo
exclusivamente para si é perigoso: machuca os outros e conduz à própria ruína.
Diocese de Limeira
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate!
Talvez entre os três
arcanjos, Rafael, Gabriel e Miguel, este último seja o mais invocado pelos
cristãos. Existe até mesmo a devoção da “Quaresma de São Miguel”, com início no
dia 15 de agosto, Dia da Assunção de Nossa Senhora e término em 28 de setembro,
véspera da festa dos santos arcanjos.
O Arcanjo Miguel sempre
foi muito amado e venerado pelo povo de Deus. Diante de algumas passagens da
Sagrada Escritura a Igreja foi entendendo melhor o papel e a missão que ele
tem, junto ao Senhor, em favor dos homens, como, por exemplo no Livro do
Profeta Daniel: “Naquele dia vai prevalecer Miguel, o grande comandante, sempre
de pé ao lado do teu povo” (Dn 12, 1). Daí sabemos que o Senhor o constituiu
guarda e protetor da Igreja.
Guardião dos
agonizantes
A tradição o vê também
como guardião dos agonizantes, aquele que leva as almas ao Trono de Deus para o
julgamento, invocado como nosso advogado na vida e na hora da morte (cf. Jd 1,
9).
Nas artes, ele é
representado vestindo armadura, de espada em punho e atacando o diabo, que está
derrotado aos seus pés. Praticamente visualizamos esta imagem em suas palavras
ao demônio: “Que o Senhor te repreenda” na Epístola de São Judas 1, 9, e em
Apocalipse 12, 7-8: “Houve então uma batalha no céu: Miguel e seus anjos guerrearam
contra o Dragão. O Dragão lutou, juntamente com seus anjos, mas foi derrotado e
eles perderam seu lugar no céu”.
Virtude de São Miguel
Contudo, sua maior
virtude vem da decisão e atitude anterior a todos esses feitos e exercícios
ministeriais, em que diante da loucura de uma criatura que desejava ser
comparada ao Senhor, Miguel declara: “Quem como Deus?”. Seu nome é uma alusão
ao alto grau de convicção e fidelidade que este arcanjo tem ao Altíssimo.
“Miguel” significa “Quem como Deus?”, exatamente na forma de pergunta, dada em
resposta à arrogância de satanás.
“Deus resiste aos
soberbos, mas concede a graça aos humildes” (Tg 4, 6). A força do arcanjo
Miguel vem desta sua certeza e docilidade ao Senhor, por isso ele vence a
serpente orgulhosa.
Num mundo tão
competitivo, muitas vezes, não percebemos o quanto estamos impregnados de
arrogância quando queremos defender nossos direitos, nossa vez e voz e
exaltamos a nós mesmos numa luta ferrenha por reconhecimento.
Palavras que significam
pecados e também a pretensão de superioridade para com outras pessoas, como
“ostentação”, “ambição” e “vaidade”, se tornaram sinônimos de “coisas boas”,
estão na moda e nós as absorvemos em nossas atitudes.
Que graça pedir?
Talvez a grande graça
que devamos pedir ao Arcanjo Miguel e o que mais podemos aprender dele seja
derrotar todo resquício de altivez em nós.
A humildade atrai o
favor do Senhor e nos torna agradáveis ao Seu coração. “Felizes os pobres no
espírito, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5, 3). A soberba é a raiz de
todos os pecados e pode nos privar do destino de eterna felicidade “para não
acontecer que se ensoberbeça e incorra na mesma condenação que atingiu o diabo”
(I Tm 3, 6).
Que pela intercessão de
Maria, “a mais humilde das criaturas” (cf. CIC n. 722) e de São Miguel –
aliados não somente no Dia da Assunção, 15 de agosto, mas para sempre no Reino
de Deus – possamos nos esforçar e chegar ao nosso lugar no céu vivendo a
virtude da humildade aqui nesta terra.
Rezemos:
Levanta-se Deus pela
intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, de São Miguel Arcanjo e de todas as
milícias celestes, que sejam dispersos seus inimigos e fujam de Sua face todos
os que o odeiam. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém”.
São Miguel Arcanjo,
rogai por nós!
Sandro Arquejada
Missionário da
Comunidade Canção Nova
Como Cristo, que saibamos carregar a nossa cruz de cada dia
Quando Jesus pergunta a Seus
discípulos: “Quem diz o povo que eu sou?” (Lucas 9, 18), na verdade, Jesus está
perguntando o que o povo está entendendo; o que cada um deles, cada um de nós
estamos entendendo, compreendendo sobre a identidade de Jesus, sobre a pessoa
d’Ele.
Já viram tantos milagres, tantas
curas, já viram a Sua ação profética, a Sua ação no meio do povo. E cada um
capta, compreende, entende da sua maneira. E por isso, a Seus discípulos também
pergunta: ‘Para vocês quem eu sou?’ ‘Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo!’,
responde Pedro. Mas, Jesus os proíbe que falem sobre isso.
E por que Jesus proíbe? Porque na
cabeça do povo e na cabeça dos próprios discípulos, o Messias é um ser
glorioso, cheio de poder, de glória, de exultação, de exaltação. E Jesus quer
ensinar, agora, qual é o significado profundo do ser Messias.
Ele é, acima de tudo, um homem como
qualquer outro homem, por isso, que na condição humana vai sofrer muito, vai
ser rejeitado, morto. Mas, a verdade maior e mais bela de todas é que no
terceiro dia Ele vai ressuscitar.
Quem não é digno de abraçar o Cristo
sofredor, crucificado, não pode abraçar o Cristo glorioso. Quem não quer passar
pela cruz, pelo sofrimento, pela purificação das vias humanas, não poderá
entrar no Reino da Glória.
Nós, muitas vezes, queremos saber da
pompa, da glória, do reconhecimento, dos aplausos, mas o discípulo de Cristo é,
acima de tudo, seguidor do Crucificado. Ele é identificado e se identifica com
o Senhor, o servo sofredor, aquele que em tudo assumiu a condição humana e
sobre si carregou nossas dores, nossos pecados e nossos sofrimentos.
Amados irmãos e irmãs, olhemos para
Jesus crucificado, contemplemos n’Ele a nossa humanidade sofrida, machucada,
doente. E com Ele aprendamos também a carregar a nossa cruz de cada dia!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova
Sede cumpridores da Palavra e não somente ouvintes
Precisamos ser bênção
na vida das pessoas e, principalmente, em nossa família! Nós sempre trazemos em
nós um motivo para a nossa oração. Isso é muito bom, porque estamos sempre
sendo bênção na vida dos outros e Ele nos criou para assim o sermos.
Entenderemos como ser
bênção na vida do outro, através da Palavra em Tiago 1, 21-25: “Rejeitai, pois,
toda impureza e todo vestígio de malícia e recebei com mansidão a palavra em
vós semeada, que pode salvar as vossas almas. Sede cumpridores da palavra e não
apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos. Aquele que
escuta a palavra sem a realizar assemelha-se a alguém que contempla num espelho
a fisionomia que a natureza lhe deu: contempla-se e, mal sai dali, esquece-se
de como era. Mas aquele que procura meditar com atenção a lei perfeita da
liberdade e nela persevera – não como ouvinte que facilmente se esquece, mas
como cumpridor fiel do preceito -, este será feliz no seu proceder”.
São João Paulo II dizia
que ‘Fomos criados para ser dom!’. E o que você acha que é dom? É alguma
aptidão que podemos ser para o outro, é a expressão de algo que o outro
precisa.
Você reza por sua
família?
Existem muitas pessoas
boas no mundo, mas também muitas pessoas boas que não estão ao nosso lado. A
Palavra de Deus diz: “Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes”. Para
que o nosso dom seja ativo na vida do outro, para que atinjamos o ápice daquilo
que Deus pensou para nossa vida não podemos ser apenas ‘pessoas boas’, mas
precisamos ser, de fato, bênção na vida do outro!
Você é uma pessoa boa?
É dom para os outros?
Precisamos ser o melhor
dom que a pessoa possa receber. Sejamos cumpridores da Palavra de Deus, sejamos
a bênção que a nossa família necessita! Não é ser ‘mais ou menos’ bênção. É ser
um perfeito cumpridor da Palavra!
Hoje em dia, tudo é
voltado para o “eu”, estamos preocupados em ser feliz, porém, de forma pessoal.
Pensamos somente no nosso problema e quando nos deparamos com o problema do
outro escolhemos resolver primeiro o nosso. Somos moldados a pensar somente em
nós.
Muitas vezes, brigamos
com as pessoas que amamos, mas, isso acontece porque estamos sendo treinados à
pensar somente em nós e não no outro. Desta forma, precisamos prestar atenção e
começar a abrir mão. E por que abrir mão? Para ser bênção, para ser cumpridor
dos preceitos de Deus!
Tratamos a Palavra de
Deus como uma história bonita, como um mero romance, mas a Palavra de Deus é
como profetismo em nossa vida e esta precisam ser cumpridas dentro de nós.
A ação máxima do Senhor
em ser dom foi morrer na cruz. Ele não deu simplesmente Seus gestos, mas a Sua
vida. Precisamos ser fiéis ao ponto de conseguirmos dar a vida. Talvez, não
pedindo a cruz, o martírio de sangue, mas fazendo silêncio, dando a outra face,
etc. Nascemos para ser dom e precisamos ser o máximo do dom, cumprindo a
Palavra de Deus!
Três modos de ser dom
para os seus, para a sua família:
Ser anunciador. Vamos
verificar em nossa vida toda impureza, os vestígios de malícia. Existem coisas
que vemos na televisão que um anunciador da Palavra não deveria ver; Existem
gestos e atitudes que cumpridores da Palavra não deveriam fazer. O cumprimento
da Palavra precisa ser vivido, para que possamos anunciar a Palavra à outras
pessoas.
Rezar pelos nossos.
Rezar de verdade, porque somos muito preguiçosos em nossas orações. Muitas
vezes, a oração é um caminho difícil, porque rezamos com ansiedade e não
acontece nada [porque não acontece em nosso tempo]. Deste modo, deixamos de
rezar, porque achamos que Deus não cumpre nada.
Servir ao próximo. Este
é um modo de converter ou ajudar na conversão de uma pessoa. A Palavra de Deus
coloca-nos à serviço, faz com que sejamos concretos em nossos gestos. Jesus
ensina-nos isso quando lava os pés de Seus discípulos, daqueles que O serviam.
Diz a Palavra que:
“Aquele que escuta a palavra sem a realizar assemelha-se a alguém que contempla
num espelho a fisionomia que a natureza lhe deu: contempla-se e, mal sai dali,
esquece-se de como era”.
Seja cumpridor da
Palavra de Deus, testemunhe a sua experiência com ela. A Palavra de Deus não
prende ninguém, a Igreja não prende ninguém, então, seja cumpridor dos
preceitos de Deus!
Quer saber o segredo
para ser feliz? Seja dom! Anuncie! Reze! Viva a Palavra do Senhor!
André Florêncio
Missionário da
Comunidade Canção Nova
Sejamos revestidos pelo poder de Jesus
Por isso, o Senhor nos
dá a capacidade de sabermos lidar com os demônios da vida. E sabemos que não
são poucos os demônios que rodeiam a nossa vida. Sabe, aqueles demônios que
parecem que tiram a nossa paciência, o nosso ânimo, o nosso vigor? Outros que
ainda causam confusão, intrigas, nos colocam em posição de competição, de
disputa?
Não podemos deixar que
os “demoniozinhos” que vêm à nossa vida semeando maus pensamentos, maus sentimentos,
tomem conta de nós! É preciso, primeiro, uma luta contra a nossa própria
vontade. Porque, é preciso ter uma vontade disciplinada, iluminada, decidida de
fazer o que é correto, o que é certo e justo.
Quando enfraquecemos em
nossa vontade perdemos uma luta muito importante contra as forças do mal.
Pensemos num jovem que não consegue ter mais vontade ou não tem vontade maior
para lutar contra as drogas ou aquilo que o escraviza. Pensemos em alguém que
deixou-se escravizar pelo álcool ou por qualquer outro vício, por exemplo: o
jogo, a televisão, etc. A vontade de fazer o que é incorreto é maior que a
vontade de combater este mal.
O poder de Jesus
precisa revestir a nossa própria vontade. ‘Eu quero fazer o bem, mas acabo
fazendo o mal’, nos recorda São Paulo. Vontade indisciplinada, vontade que não
se controla mais. Por isso, este trabalho precisa começar a ser feito já com
nossas crianças, com nossos filhos. Não podemos fazer os gostos e as vontades
de nossas crianças, porque depois nem elas conseguirão ter uma vontade forte,
própria, decidida para combater muitas coisas deste mundo.
Precisamos disciplinar
nossa vontade e, por isso, o Senhor nos dá poder e autoridade. Porque, se não
tivermos muita força de vontade e uma vontade forte para lutarmos contra certos
inimigos da nossa vida, seremos vencidos. Isso vai das coisas que parecem
simples. Às vezes, dá uma vontade enorme de falar mal dos outros; resista, diga
‘não’; às vezes dá uma vontade enorme de falar uma coisa feia, um ‘palavrão’;
você pode resistir; às vezes, dá uma vontade enorme de fazer algo que não é
correto; lute, resista.
E onde conseguimos essa
força, essa luz para vencer e resistir ao mal, sobretudo, quando a nossa
vontade está enfraquecida? Revestir-se do poder da oração, acreditar na força
da oração!
Me recordo que em
alguns momentos da minha vida, estava tão fragilizado por uma situação. E nessa
situação não conseguia dizer “não” ao mal, à vontade de fazer aquilo que não
era correto. Comecei a rezar o “Pai Nosso”, e a força da oração do Pai Nosso:
“Não nos deixei cair em tentação”, a própria força do Cristo é que me revestiu
da vontade de Deus.
Por isso, estou dizendo
a você: na luta contra o mal, Deus nos quer dar poder e autoridade! Não abramos
mão da força da oração, de fortificar a nossa vontade e nos desviarmos daquilo
que não nos faz bem!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade
Canção Nova23 de Setembro – Dia de São Pio de Pietrelcina, alívio para os sofrimentos de seus fiéis
Este digníssimo
seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887 em
Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione. Ainda criança
era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por
Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente devido à grande
familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a
quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do
Evangelho.
Conta a história que
ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu Anjo da Guarda
estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o
primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do
Calvário. Com quinze anos de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades
Menores Capuchinhos em Morcone, adotando o nome de “Frei Pio” e foi ordenado
sacerdote em 10 de agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento. Após a
ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de
saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São
Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte.
Abrasado pelo amor de
Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades
sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo,
em seu próprio corpo. Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão,
buscava por meio desse sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de
seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como “barba
azul”.
Torturado, tentado e
testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua astúcia
no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que não
somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração
de construir um grande hospital, conhecido como “Casa Alívio do Sofrimento”,
que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação deste hospital se deu
a 5 de maio de 1956.
Devido aos horrores
provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração,
verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem
instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale
tenebroso de lágrimas e sofrimentos. Na ocasião do aniversário de 50 anos dos
grupos de oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta intenção. Essa Celebração
Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo, na qual entregaria a
alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em
que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto amavam.
Era madrugada do dia 23
de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos
repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a
Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu.
Foi beatificado no dia
2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de
2002 também pelo saudoso Pontífice. Padre Pio dizia: “Ficarei na porta do
Paraíso até o último dos meus filhos entrar!”
São Pio de Pietrelcina,
rogai por nós!
Minha vida precisa mudar!
Minha vida precisa
mudar! É incrível notarmos que ao lermos os Evangelhos, todos aqueles que
desejavam e se aproximavam de Jesus tinham suas vidas radicalmente mudadas,
transformadas e restauradas. Muitos experimentaram não somente a Cura Física,
mas a Cura Espiritual e foram completamente Libertos do Maligno.
Ainda assim, alguns
puderam acompanhar Jesus mais de perto, tiveram contato com Ele; mas suas vidas
não foram transformadas, não perceberam mudanças, e seguiram assim, como se
nada tivesse acontecido!
Meu Deus, que medo de
seguir a minha vida como se eu não tivesse um dia me encontrado com Jesus! E
estou falando de mim mesmo, Danilo, missionário há muitos anos da Comunidade
Canção Nova! Um homem que vive 100% da sua vida com uma única finalidade: Fazer
com que as pessoas conheçam Jesus! E ainda assim, posso viver a minha vida como
se eu não O conhecesse! Que Deus, pela Sua graça me livre realmente desse mal!
Mas o que quero dizer é
que você pode ter feito essa pergunta à você mesmo por diversas vezes: “Por que
eu não consigo mudar?!” “Por que tantas vezes eu disse que eu seguiria Jesus, e
o abandono no meio do caminho?!” “Por que quando me decido a segui – Lo, caio
novamente no mesmo pecado que me derruba, e me sinto derrotado, retornando a
estaca zero?!”
São perguntas que me
fazem constantemente, porque é a realidade do que acontece com muitas pessoas.
A resposta é de difícil
conclusão; mas o que tenho notado e penso que aqui pode levar a cada um de nós
há uma breve reflexão é que: Continuamos a escolher os nossos interesses
pessoais e escolhemos aquilo que nos dá prazer.
Queremos mudar, estamos
desejosos de mudança interior e exteriormente, queremos realmente sermos
diferentes, mas ao primeiro obstáculo que se apresenta e que surgi a questão:
“Priorizar agora Deus, ou aquilo que me trará beneficios?!” ou ainda: “Escolher
por Deus, ou por mais um momento de prazer, ainda que seja passageiro?!”
Escolhemos ERRADO!
Meu irmão e minha irmã,
estamos patinando em sermos mais de Deus porque esquecemos o que Jesus nos
ensinou desde o inicio:
“Buscai em primeiro
lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em
acréscimo” (Mt 6,33)
A verdade é que não
conseguimos ter nossa vida mudada por Deus, porque não nos decidimos realmente
segui – Lo! Queremos estar perto, queremos ouvir os Seus ensinamentos, queremos
até aprender algumas coisas boas com Jesus…Mas definitivamente, só tem a vida
mudada e transformada quem escolheu segui – Lo!
E você pode se
perguntar agora: “Mas eu escolhi segui – Lo, mas ainda assim minha vida não
mudou…”
E a questão agora, se
torna outra: Você um dia escolheu seguir Jesus, mas preciso te dizer que esta
escolha precisará agora acontecer todos os dias, todos os dias, todos os dias.
Realmente você deu um
SIM para Deus, mas a nossa vida de cristãos a partir desse primeiro SIM, deverá
conter milhares de outros SIM’s.
Porque é neste SIM de
cada dia que você encontrará Deus, e somente a experiência do encontro pessoal
com Deus a cada dia é capaz de fazer com que nossa vida seja transformada.
Judas Iscariotes
escolheu também um dia seguir Jesus, o problema é que provavelmente muitos
outros SIM’s ele deixou de dar. Com isso o seu coração foi se distanciando, sua
decisão por Deus foi sendo enfraquecida, ao ponto de um dia ele trair Jesus.
E Judas estava ao lado
de Jesus todos os dias, mas não experimentava o encontro pessoal com Ele! E
quantas outras pessoas tiveram a oportunidade de escolher por Jesus naquela
época e nao fizeram…
Não estamos buscando
fazer a vontade de Deus acima da nossa! Não estamos priorizando Deus em nossas
vidas! Desculpe – me falar assim, mas estamos nos tornando cristãos frouxos!
Cristãos de momentos, cristãos de conveniência…
Vamos criando uma
espiritualidade de inconstancias! Dias eu rezo, e dias fico sem rezar…Ora estou
vivendo bem com Deus, ora estou afundado em pecados…É um vai e vem que no final
de tudo só nos faz mais fracos!
É tempo de mudança,
tempo de parar, de se rever, retomar…Tempo de realmente você parar um dia dessa
semana, buscar uma Igreja, um Mosteiro, um lugar que te leve para Deus, e ir lá
com um pedaço de papel e uma caneta, e “fazer as contas” como esta seu
relacionamento com Deus…Escrever o que você precisa deixar de lado, que pecado
tem prendido você, o que tem impedido você de seguir e se encontrar com Jesus
todos os dias…Escreva, não tenha medo…Pode ser que você se surpreenda com as
respostas que terá…
Mas essa decisão
precisa partir de você! Eu não posso fazer por você, e nem mesmo Deus vai fazer
o que é de sua responsabilidade!
Estamos vivendo como
“pintinhos fragéis” quando na verdade Deus nos chama a sermos “águias”
Você não está lendo
este artigo por acaso…Deus já começou a colocar no seu coração situações bem
concretas que precisarão da sua resposta! Deus já colocou pessoas no seu
coração que você precisará se afastar, relacionamentos afetivos que precisarão
serem desfeitos…Lugares que você deve parar de frequentar…
Hoje Deus deu um passo
em sua direção…Não deixe mais uma vez que Ele passe, e você não tenha a sua
vida completamente transformada.
Acredito que muitos
testemunhos virão a partir do dia de hoje. Não tenha receio de deixar os seus
comentários aqui no Blog do que Deus já esta fazendo no seu coração!
Deus abençoe você e
seus propósitos!
20 conselhos do Papa Francisco aos recém-casados
Ao final das audiências
gerais, já se tornou costume a saudação do Papa a casais recém-casados. Um
momento muito especial para essas pessoas que iniciam uma vida a dois receber a
benção do Santo Padre. Em primeiro lugar, Francisco elogia a coragem dos jovens
por terem escolhido o matrimônio porque, segundo o Papa, casar “requer muita
coragem”. Ao longo do ciclo de catequeses direcionadas às famílias, selecionei
20 conselhos aos novos casais:
Conselhos
1. Façam a experiência
do amor gratuito como é o amor de Deus pela humanidade.
2. A mansidão dos
santos indique a vocês o estilo das relações entre os cônjuges na família.
3. A fortaleza da
santidade até o martírio aponte os valores que verdadeiramente valem a pena na
vida familiar.
4. Amem a vida que é
sempre sagrada, apesar de marcada por fragilidade e doenças.
5. As obras de
misericórdia ajudem vocês a viverem a existência conjugal abrindo-a à
necessidade dos irmãos.
6. Encontrem na aliança
que, Cristo assumiu com Sua Igreja a preço de Seu Sangue, a base a do pacto
conjugal de vocês
7. Construam sua
família sobre o mesmo amor que uniu José à Virgem Maria.
8. Desejo de coração
que vocês cresçam na generosa disponibilidade em relação ao Senhor, seguindo o
exemplo da Virgem Santa.
9. Coloquem Deus no
centro para que sua história conjugal tenha mais amor e mais felicidade.
10. Vivam o matrimônio
em concreta adesão a Cristo e aos ensinamentos do Evangelho.
11. Vivam o seu amor
imitando o amor misericordioso de Jesus.
Virgem Maria
12. Aprendam da Virgem
Maria a conceder espaço à escuta da Palavra de Deus e à prática da caridade,
vivendo com alegria a pertença à Igreja, à família dos discípulos do Cristo
Ressuscitado.
13. A cruz cotidiana
seja a referência de vocês para que a vida familiar seja uma lareira de oração
e recíproca compreensão.
14. Aprendam a cultivar
a devoção à Mãe de Deus pedindo-a para que não falta nunca na casa de vocês o
amor e o respeito recíproco.
15. O amor à Eucaristia
nutrido pelos santos estimule vocês a fundar a família sobre o amor de Deus.
16. O apostolado dos
santos nas periferias convide vocês a ajudar os mais frágeis e necessitados da
família.
17. A Devoção ao
Sagrado Coração de Jesus e ao Coração Imaculado de Maria sustente vocês no
caminho conjugal e na educação com amor dos filhos que o Senhor quiser lhes
dar.
18. No caminho que
vocês assumiram, busquem a Eucaristia para que nutridos de Cristo sejam
famílias cristãs tocadas pelo amor do Coração de Jesus.
Santa Mônica
19. Confiemos à
intercessão de Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho, os recém-casados e os pais
cristãos para que como Mônica, acompanhem com o exemplo e com a oração o
caminho dos filhos.
20. Santa Maria seja o
modelo no caminho conjugal de dedicação e fidelidade.
Rodrigo Luiz dos Santos
MissionárioA exemplo de Maria, sejamos ouvintes da Palavra de Deus
Cada vez que medito
essas Palavras de Jesus vejo, cada vez mais, a grandeza de Maria, Sua mãe,
nossa mãe. Ainda que alguns queiram compreender de forma errada esta Palavra,
como se Jesus estivesse desprezando ou não dando valor à sua mãe; ela
[Palavra], na verdade, nos diz o contrário, Jesus está exaltando sua mãe e
todos aqueles que como ela [Maria] ouvem a Palavra de Deus e a coloca em
prática.
Maria teve um
privilégio mais do que especial, não apenas o de ter gerado Jesus, mas foi a
primeira a ouvi-Lo e foi quem mais ouviu Jesus. Ela O ouviu dentro de si, do
seu coração, do seu ventre, quando o coração de Jesus começou a bater enquanto
ser humano.
É a mãe quem sente o
coração do filho. Maria foi aquela que ouviu Jesus quando este começou a
balbuciar, a soltar as primeiras palavras; aquela que ensinou seu filho a
falar, foi aquela que aprendeu com Ele a falar das coisas de Deus. Maria viu
seu filho crescer, viu seu filho Jesus se tornar, cada vez mais, íntimo de Seu
Pai e foi com Ele aprendendo a dimensão mais profunda do Reino de Deus.
Eu me volto, hoje, para
esta mulher silenciosa, humilde, agraciada, serva, plena da Palavra de Deus. E
peço: ‘Maria, me ajude! Ajude meus irmãos, ajude todos nós, seus filhos, a
sermos, primeiro, ouvintes da Palavra de Deus, a abrir mesmo os nossos ouvidos
com o mesmo Espírito que entrou em você, mãe de Deus e nossa. A abrir também o
nosso coração para que tenhamos plena disposição para ouvirmos e servirmos a
Palavra de Deus!’.
A grande lição que
Maria nos dá é a de ter ouvido e vivido a Palavra viva de seu filho Jesus. Às
vezes, nós até escutamos a Palavra de Deus, a achamos bonita, verdadeira, mas
precisamos transformá-la em princípio para a nossa vida!
‘Princípio’, vem de
primeiro, é aquilo que nos conduz a sermos daquele ou deste jeito. Por isso,
todos nós precisamos olhar para os princípios que regem a nossa vida.
Estamos nos deixando
ser conduzidos, iluminados pela Palavra de Deus? A Palavra de Deus guia os
nossos passos de modo a sermos discípulos autênticos de Jesus. Que não sejamos
meros ouvintes da Palavra, mas sejamos, de fato, aqueles que ouvem e fazem todo
o esforço para colocar em prática a Palavra ouvida e meditada!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade
Canção Nova
25º Domingo do Tempo Comum - Domingo da disputa pelo primeiro lugar
Na 1ª
leitura, a presença e as ações do justo incomodam e denunciam o opressor. Sua
confiança, provações e humilhações prefiguram o sofrimento de Jesus.
O salmista
reconhece a bondade do Senhor, que o socorre nos perigos e aflições.
A 2ª
leitura sublinha que a vida trilhada conforme a sabedoria que vem do alto é
pura, pacífica, conciliadora, cheia de misericórdia.
O evangelho
apresenta o segundo anúncio da paixão, morte e ressurreição de Jesus, seguido
por uma instrução aos discípulos, como ocorreu, também, no primeiro (8,31s).
Enquanto atravessava a Galileia a caminho de Jerusalém, Jesus ensinava os
discípulos: O Filho do Homem será
entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão e, morto, ressuscitará depois de três dias. Os discípulos não compreendiam essa palavra de Jesus, pois
esperavam um Messias glorioso. No caminho, discutiam quem era o maior, uma vez
que ainda não tinham entendido que Jesus é o Messias servidor. Em casa, com sua
pedagogia e palavra, Jesus conduz a comunidade discípula a superar a ideologia
do poder e da ambição. Sentado, na posição de Mestre, chamou os Doze, os que
estavam mais intimamente ligados à sua missão e lhes disse: Se alguém quiser ser o primeiro, seja
o último e o servidor de todos. No
caminho do seguimento a Jesus, que veio para servir e dar a
própria vida (10,45), os discípulos aprendem a praticar suas palavras, que
invertem os valores vigentes e mostram a verdadeira ordem das grandezas aos
olhos de Deus. A imagem da criança, no meio dos discípulos e abraçada por
Jesus, ensina a acolher os pequenos e indefesos, a resgatar a dignidade dos
excluídos. A criança simboliza o acolhimento à Boa-Nova do Reino de Deus
presente em Jesus (10,15).
É preciso voltar para os braços do Pai
Quando as coisas não
acontecem exatamente como gostaríamos, precisamos voltar para os braços do Pai.
O impossível pode se
realizar em nossa vida e o perdão dos pecados é algo maravilhoso, inexplicável
que não damos a importância apropriada. Antes de iniciar a homilia, quero falar
que o nosso Deus é um Deus de misericórdia que está sempre disposto a nos
ouvir. Ele quer trazer a paz, a misericórdia, o perdão ao nosso coração.
A primeira leitura, nos
diz de um modelo. Paulo, ao falar a Timóteo, fala sobre como deve ser uma
pessoa que está à frente para pastorear um grupo e não porque sabe mais, mas
porque alguém precisa ‘puxar’ o rebanho de Deus. Paulo fala que essa pessoa
precisa ser responsável.
Ao ser ordenado, eu
recebi a missão de pastorear as ovelhas de Deus, por isso eu celebro missa,
atendo confissões, me gasto. Mas, parece que Timóteo estava passando por uma
crise, porque percebeu que não estava sendo aquele modelo aos irmãos.
Paulo fez com que
Timóteo chegasse à conclusão de que ele precisava ser fiel. Timóteo, talvez,
tenha enfrentado situações que fizessem com que ele se sentisse cansado. Uma
das situações é que ele poderia estar vivendo de uma forma solitária. Talvez,
ele tenha experimentado a solidão de quem está à frente. O pastor, muitas
vezes, sofre a solidão por não conseguir dividir com ninguém aquilo que vive.
Timóteo, no seu ser
jovem, pode ter se achado inadequado para a missão que Deus lhe havia confiado.
Quantas vezes nos perguntamos: ‘Senhor, será que sou capaz de fazer isso que me
pedes?’
Nossa vida de oração é
muito importante na missão, precisamos estar em intimidade com Deus, não sendo
negligentes em nossa forma de rezar. Se não há intimidade, se não há participação
na vida divina, corremos o risco de não ser aquilo que Deus sonha e planeja
para nós. A vida de oração deve nos levar sempre pra frente e quando as coisas
não acontecem exatamente como gostaríamos que acontecessem, precisamos voltar
para Deus.
Diante de tudo isso,
precisamos querer, do fundo do coração, voltar para este Deus que nos ama, que
nos acolhe. Voltar para Deus é tocar no que é mais sagrado, é tocar no nosso
íntimo. Timóteo esqueceu que tinha um amigo com quem poderia falar sobre tudo.
É preciso se alimentar
da leitura e não é de qualquer livro que Paulo está falando, ele fala da
Palavra de Deus. Além de se alimentar da Palavra, de querer exortar o povo, é
preciso ensinar e muitas vezes, ensinamos mais com nosso testemunho.
Se acaso você se sentir
solitário, inadequado, um pouco afastado de Deus, porque não tem rezado como
Deus pede que você cresça na intimidade com Ele, é preciso ir à Palavra, se
fortalecer com a Escritura.
No Evangelho de hoje,
tivemos a oportunidade de ouvir uma passagem que precisa mexer com o nosso
coração. A mulher do Evangelho era uma pecadora pública, todos sabiam os
pecados que ela cometia e Jesus também, mas Ele está sempre disposto a perdoar,
a devolver a paz. Jesus devolveu a paz àquela mulher e a fé dela, o desejo de
mudança foi o que moveu o coração de Jesus para esta atitude. Aquela mulher
muito amou e porque muito amou todos os seus pecados foram perdoados.
Padre Evandro Lima
Sacerdote da Comunidade
Canção Nova
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