A Caridade do Papa Francisco


O Papa Francisco renovou entre nós a verdadeira caridade cristã, sem precisar de ideologias, de luta de classe, de marxismo, violências, invasões, desrespeito às leis, ou coisas piores, e sem ódios aos ricos.

Ele reviveu a verdadeira caridade que Jesus nos deixou, a do bom Samaritano, do socorro aos doentes, aos presos, aos drogados, aos famintos, aos nus, aos pequenos, etc. Ele reascendeu em todos nós a autêntica caridade que a Igreja sempre fez nestes dois mil anos.

O Papa quer que vivamos a caridade simples e pura de São Francisco, de Madre de Calcutá, de São Vicente de Paulo, de Irmã Dulce, de São Camilo de Lelis; a caridade de milhares santos e santas, de bispos, padres, freiras, leigos, etc..

A Igreja Católica é a Instituição que mais caridade fez e faz no mundo, em todos os tempos. Se ela saísse hoje da África, 60% das escolas e hospitais seriam fechados. Quando a epidemia de Aids estourou nos EUA e as autoridades não sabiam o que fazer eles chamaram as freiras da Igreja para cuidar dos doentes porque ninguém mais queria fazê-lo.

No Brasil, até 1950, quando não existia nenhuma política de saúde pública eram as Casas de caridade da Igreja que cuidavam das pessoas que não tinham condições de pagar um hospital. Quem fundou as Santas Casas de Misericórdia?

A Igreja Católica mantém na Ásia 1.076 hospitais; 3.400 dispensários; 330 leprosários; 1.685 asilos; 3.900 orfanatos; 2.960 jardins de infância. Na África: 964 hospitais; 5.000 dispensários; 260 leprosários; 650 asilos, 800 orfanatos; 2.000 jardins de infância. Na América: 1.900 hospitais; 5.400 dispensários; 50 leprosários; 3.700 asilos, 2.500 orfanatos; 4.200 jardins de infância. Na Oceania: 170 hospitais; 180 dispensários; 1 leprosário; 360 asilos; 60 orfanatos; 90 jardins de infância. Na Europa: 1.230 hospitais; 2.450 dispensários; 4 Leprosários; 7.970 asilos; 2.370 jardins de infância.

É esta caridade que o Papa Francisco veio reacender entre nós, com tudo o mais que nos deixou de fé, esperança, caridade, bondade, mansidão, pobreza evangélica, simplicidade…

Entre tantos outros ensinamentos ele nos pediu a “cultura da solidariedade”, contra a do desperdício, contra a cultura do provisório, do individualismo, do egoísmo. Pediu a revolução da ternura e do acolhimento. E pediu que a Igreja vá para as ruas, porque, disse, “o pastor deve sentir o cheiro das ovelhas”. Mostrou inclusive que “a política é uma das formas mais altas de caridade porque promove o bem comum”. Tenho disto que a política é boa, o que é mal é a politicagem.

Venceu o amor, venceu o Papa, venceu o povo, venceu a Igreja, venceu Deus.


Prof. Felipe Aquino

17º Domingo do Tempo Comum

Na 1ª leitura a oração torna o ser humano amigo de Deus, como Abraão que intercedeu ao Senhor pela salvação dos poucos justos de Sodoma e Gomorra.

Na 2ª leitura, pelo batismo participamos da vida de Cristo, a fim de ressuscitarmos com ele para uma vida nova.

No Evangelho, Jesus, respondendo ao pedido dos discípulos e valendo-se de sua própria experiência de comunhão com o Pai, ensina-os a dizer: Pai-nosso... A oração dos discípulos reconhece e glorifica o Senhor, pois santificado é seu nome. O Reino de Deus, manifestado nas palavras e ações de Cristo, compromete os que aguardam sua realização plena: Venha o teu Reino. Jesus, que se doou para saciar a fome humana mais profunda, coloca no centro da oração a súplica pelo pão cotidiano, como apelo à partilha. Ele ensina a viver o perdão, na condição de eternos devedores do Deus da Aliança, misericordioso e compassivo. Sua fidelidade é fortalecida em meio às provações, preservando- -se das tentações e do desvio do caminho do Reino. E, na hora da Paixão, ensina a suplicar ao Pai: Seja feita a tua vontade. Mateus insere esse pedido na oração do pai-nosso, cuja forma mais longa tornou-se a mais comum. Depois da instrução sobre o pai-nosso, Jesus exorta a perseverar na oração, com firme confiança em Deus. O amigo que ajuda outro amigo e o pai que alimenta seu filho ilustram a bondade infinita do Pai que oferece o dom pascal do Espírito Santo aos que lhe pedirem.


Revista de Liturgia

Ser herói é ser santo

Não é à toa que a primeira coisa que se verifica em um processo de canonização são as virtudes heróicas, que seriam a comprovação do comportamento e o percurso do candidato à santidade, tende de ficar claro, e para além de qualquer dúvida, que, em vida, a conduta do candidato se pautou pela prática das virtudes para além do comum. É ser herói!

Viver o Cristianismo é um ato de coragem, pois só os corajosos se declaram cristãos, afirmam sua fé no Cristo. E sabem que todo poder é d'Ele.

Todo super-herói tem um ponto fraco. Assim como todo santo tem um limite. Mas a santidade não se restringe a anular limites, mas sim usá-los como trampolim para chegar mais alto.

Não devemos ser santos que correm do mundo, que fogem das pessoas, escondem-se de uma vida sem doação e se privam do outro; nem podemos ser santos de rosto triste, que se colocam como um “extraterrestre” ou como alguém que deixou de ser gente. Muito menos podemos ser santos que se esquecem de quem tem pecados, possui limites e, por conseguinte, acaba por viver uma vida de aparências. Não podemos ser santos que perderam a alegria de viver e passam por esta vida apenas como um mero espectador. Não devemos ser, por fim, um santo que se acha perfeito e despreza o imperfeito.

Santidade é para todos. Nossa primeira vocação é ser santo, contudo, muitas vezes, perdemos o verdadeiro significado disso. Às vezes, acreditamos que nosso jeito de viver não nos levará à santidade, uma vez que nos fixamos nos modelos dos santos do passado. Certamente, eles são referências, mas não a regra, visto que eles só se tornaram santos na medida em que viveram as virtudes heróicas em seu tempo.

A regra para a santidade é uma só: deixar o poder que está em nós nos impulsionar em todas as coisas. Este poder é o Espírito Santo, pois é Ele quem nos santifica.

Nosso erro é tentar moldar uma santidade segundo nossos esquemas, e não segundo a ação do Espírito Santo. Ser santo não é ser perfeito e nunca pecar, mas ter atitude de ser aquilo que é, sempre se perguntando: “Jesus faria isso? Jesus faria assim? Jesus estaria aqui?”.

Não falo de coisas certinhas, mas sim daquilo que vale a pena. Falo de Cristianismo, atitude, de uma vida com sentido. O perfeito é aquele que “se acha” e não quer ninguém veja seus limites, seus pecados. O aprendiz de santo é aquele que sabe não ser nada. Ser nada é deixar todo espaço para Deus ser tudo.

Adriano Gonçalves

Retirado do livro "Santos de calça jeans"

16º Domingo do Tempo Comum

A 1ª leitura apresenta a acolhida de Abraão e Sara aos três visitantes, que manifestam a salvação de Deus. A hospitalidade, oferecida pelos pais da fé, é recompensada pela promessa de um filho.

A 2ª leitura mostra que o mistério escondido, isto é, o plano do amor de Deus foi manifestado em Cristo. Quem anuncia sua mensagem libertadora, como Paulo, participa de suas alegrias e sofrimentos.

No Evangelho, Jesus, durante o caminho para Jerusalém, visita as discípulas Marta e Maria, que viviam em Betânia com o irmão Lázaro. Marta se preocupa em acolher e oferecer uma generosa hospitalidade ao ilustre Hóspede. Já a irmã Maria, sentada aos pés do Senhor, na posição e atitude de discípula, escutava a sua palavra. Marta, envolvida pelas ocupações cotidianas, reclama com o Mestre; mas é advertida de forma afetuosa: Marta, Marta! Tu te ocupas com muitas coisas, porém uma só é necessária. A escolha da melhor parte, do essencial, que é Cristo e sua Palavra, assegura o bom êxito da diaconia (serviço) cristã. Fundamentadas na palavra de Deus, contemplação e ação tornam-se dimensões complementares a serviço do Reino, presente em Jesus. O encontro com a palavra do Senhor torna fecundo o serviço generoso e compassivo ao próximo. Sem a disposição para escutar o Mestre, corre-se o risco de escolher a pior parte, desviando- -se do caminho do Reino de Deus.


Revista de Liturgia

16 de Julho - Dia de Nossa Senhora do Carmo

Nossa Senhora do Carmo Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor à Virgem Mãe de Deus: é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza: “O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual”.

Carmelo (em hebraico, “carmo” significa vinha; e “elo” significa senhor; portanto, “Vinha do Senhor”): este nome nos aponta para a famosa montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi pré-figurada pelo primeiro numa pequena nuvem (cf. I Rs 18,20-45). Estes profetas foram “participantes” da Obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos, chegaram fugidos na Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral; este, por sua vez, estava no dia 16 de julho intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-lhe: “Recebe, meu filho, este escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno”.

Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: “Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo – e ainda – escapulário não é ‘carta-branca’ para pecar; é uma ‘lembrança’ para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte”. Neste dia de Nossa Senhora do Carmo, não há como não falar da história dos Carmelitas e do escapulário, pois onde estão os filhos aí está a amorosa Mãe.


Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

Cultive um amigo

Não preciso falar da importânica de se cultivar as boas amizades para ser feliz. Milan Kundera diz que “toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. Os amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contraído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão.”

A verdadeira amizade nos socorre quando menos esperamos! Podemos esquecer aquele com quem rimos muito, mas nunca nos esquecemos daqueles com quem choramos. Os corações que as tristezas unem permanecem unidos para sempre.

Na prosperidade, os verdadeiros amigos esperam ser chamados. Na adversidade, apresentam-se espontaneamente. A fortuna faz amigos. A desgraça prova se eles existem de fato. É preciso saber fazer e cultivar amizades. Isso depende de cada um de nós; antes de tudo, do nosso desprendimento e fidelidade ao outro.

Para conquistar um amigo é preciso criar um “deserto” dentro de si, aceitando que o outro venha ocupá-lo.

Acolher o amigo é, em primeiro lugar, ouvi-lo. Alguns morrem sem nunca ter encontrado alguém que lhes tenha prestado a homenagem de calar-se totalmente para ouvi-los. São poucos os que sabem ouvir, porque poucos estão vazios de si mesmos, e o seu ''eu'' faz muito barulho. Se você souber ouvir, muitos virão lhe fazer confidências.

Muitos se queixam da falta de amigos, mas poucos se preocupam em realizar em si as qualidades próprias para conquistar amigos e conservá-los.

Se você quiser ser agradável às pessoas, fale a elas daquilo que lhes interessa e não daquilo que interessa a você. A amizade é alimentada pelo diálogo; que é uma troca de ideias em busca da verdade. Muito diferente da discussão, que é uma luta entre dois, na qual cada um defende a sua opinião.

A verdadeira amizade não pode ser alimentada pela discussão, somente pelo diálogo.

Em vez de demonstrar exaustivamente que o amigo está errado, ajude-o a descobrir a verdade por si mesmo; isso é muito mais nobre e pedagógico.

Se você quiser agir sobre seu amigo, de verdade, para que ele mude, comece por amá-lo sincera e desinteressadamente.

A amizade também exige que se corrija o amigo que erra; mas devemos censurar os amigos na intimidade e elogiá-los em público. Nada é tão nocivo a uma amizade como a crítica ao amigo na frente de outras pessoas. Isso humilha e destrói a confiança. Nunca desista de ajudar o amigo a vencer uma batalha; não há nem haverá alguém que tenha caído tão baixo que esteja fora do alcance do amor infinito de Deus e do nosso socorro.

Uma amizade só é verdadeira e duradoura se é baseada na fidelidade. Cuidado, pois, para magoar alguém são necessários um inimigo e um amigo: o inimigo para caluniar e um “amigo” para transmitir a calúnia.

Felipe Aquino

Retirado do livro Para ser feliz

15º Domingo do Tempo Comum

Na 1ª leitura, o livro da Lei, isto é, o Deuteronômio ensina que a palavra de Deus está perto, na boca e no coração para que possa ser cumprida.

A 2ª leitura é um hino cristológico primitivo, que celebra a soberania de Cristo em todo o universo. Todas as coisas foram criadas em Cristo, mas também reconciliadas mediante sua redenção.

No Evangelho, o perito nas Escrituras é convidado a responder a pergunta que ele mesmo dirigiu a Jesus: Que devo fazer para herdar a vida eterna? Ouvindo a sua precisa resposta Jesus afirma: Faze isso e viverás. Mas, o doutor da Lei prossegue o diálogo com outra questão: Quem é o meu próximo? Jesus responde com a parábola exemplar do bom samaritano. Um homem, talvez judeu, foi ferido gravemente e deixado à margem da estrada. Um sacerdote passou no local e também um levita, mas não socorreram o necessitado por medo de se contaminarem com o sangue e se tornarem impuros para o culto. O samaritano, porém, que era marginalizado por causa da raça miscigenada, moveu-se de compaixão, aproximou-se e cuidou dele até a recuperação. Deixou de lado as barreiras religiosas, culturais, sociais e manifestou ser próximo, membro da família de Deus, herdeiro da vida eterna. Deus revelou sua compaixão e tornou-se próximo do ser humano para salvá-lo através do Filho Jesus.


Revista de Liturgia

O Senhor nos faz nascer de novo

O Senhor sempre se lembra da sua aliança, mesmo quando não somos fiéis. Como diz a Palavra de Deus, Ele permanece fiel.

Quem teria direito de se revoltar contra nós? Somente Ele, mas não o fez. O Pai, por amor ao Seu Filho, por amor ao que Jesus fez, nos assumiu como filhos. Ele se lembra sempre dessa aliança.

''Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela Ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, Ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, para uma herança incorruptível, que não estraga, que não se mancha nem murcha, e que é reservada para vós nos céus''. (I Pe 1, 3)

Ele nos fez renovados pela Ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos para uma herança incorruptível. As heranças que nós pais queremos deixar se corrompem todas, mas a que o Senhor reservou para nós é incorruptível. Pedro, em sua carta, está dizendo que fomos guardados para a salvação que já está pronta. Os primeiros cristãos fizerem tudo que fizeram, viveram tudo que viveram, porque estavam na expectativa da volta do Senhor. E nós também precisamos viver assim.

Quando o mistério da iniquidade for tão ousado em tocar naquela que é a esposa de Cristo, a Igreja, o fim estará próximo. Vemos, já hoje, a conspiração que estão fazendo contra a Igreja, mas, meus irmãos, isso é só o começo. Muitos católicos, sem conhecimento da Doutrina, esvaziados de Jesus, acreditam naquilo que não é a verdade. Quando Cristo vier, Ele vai desposar a Sua esposa, que é justamente a Igreja.

Devemos lutar para sermos cada vez mais irrepreensíveis. Por isso, eu trago aqui a metodologia do 'PHN' que a Canção Nova tem pregado com todas as suas forças. Se nós fôssemos fortes, enfrentaríamos o pecado, mas todos nós somos fracos. É hora de tomar uma decisão: 'Por hoje não vou mais pecar'!.

A frase principal é essa: Não vou mais pecar! Esta é a decisão que devemos tomar. Deus o está levando para tudo isso, este é um momento de decisão. Sabemos das nossas fraquezas, do nosso ''tendão de Aquiles'', mas o inimigo também conhece nosso ponto fraco, por isso precisamos dizer sempre 'por hoje não vou mais pecar'! O antídoto contra o veneno do pecado é o arrependimento. Se cairmos, rapidamente temos de recorrer à confissão.

São João já diz: ''Se reconhecemos os nossos pecados, Deus está aí, fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniquidade''.

Então, meus irmãos, tomemos o soro ante-pecado! Por hoje não! É a força da decisão, porque é o próprio Senhor quem nos quer desposar. Ele está ansiando por este momento para nos desposar. Passaremos pelo grande encontro com o Senhor quando Ele vier nos ares. Quando nós virmos que a nossa salvação estiver acontecendo, veremos o triunfo do Senhor e diremos: 'Valeu a pena, meu Senhor!'. Feliz é você que se decidiu por Jesus! Você é candidato ao céu. Meu filho, sabendo de tudo isso, decida-se! Só vai entrar no céu aquele que lutar até o fim, por isso decida-se agora, depois será tarde!

Muitas pessoas acham negativo dizer: ''Por Hoje Não''. Algumas quiseram criar outros temas, mas eu tenho o dever de dizer a essas pessoas que 'sins' nós temos dado de montão por aí. Hoje, estou lhe dando uma dica maravilhosa: seja fiel sempre, mas para isso é preciso dizer 'não' para muitas coisas. Diga 'não' para ouvir um 'sim' do Senhor depois. Você dirá para Ele que valeu dizer 'não' todos os dias!

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib

Fundador da Comunidade Canção Nova

11 de Julho - Dia de São Bento

Abade vem de “Abbá”, que significa pai, e isto o santo de hoje bem soube ser do monaquismo ocidental. São Bento nasceu em Núrcia, próximo de Roma, em 480, numa nobre família que o enviou para estudar na Cidade Eterna, no período de decadência do Império.

Diante da decadência – também moral e espiritual – o jovem Bento abandonou todos os projetos humanos para se retirar nas montanhas da Úmbria, onde dedicou-se à vida de oração, meditação e aos diversos exercícios para a santidade. Depois de três anos numa retirada gruta, passou a atrair outros que se tornaram discípulos de Cristo pelos passos traçados por ele, que buscou nas Regras de São Pacômio e de São Basílio uma maneira ocidental e romana de vida monástica. Foi assim que nasceu o famoso mosteiro de Monte Cassino.

A Regra Beneditina, devido a sua eficácia de inspiração que formava cristãos santos por meio do seguimento dos ensinamentos de Jesus e da prática dos Mandamentos e conselhos evangélicos, logo encantou e dominou a Europa, principalmente com a máxima “Ora et labora”. Para São Bento a vida comunitária facilitaria a vivência da Regra, pois dela depende o total equilíbrio psicológico; desta maneira os inúmeros mosteiros, que enriqueceram o Cristianismo no Ocidente, tornaram-se faróis de evangelização, ciência, escolas de agricultura, entre outras, isso até mesmo depois de São Bento ter entrado no céu com 67 anos.


São Bento, rogai por nós!

Padre Ivan – 30 anos de Sacerdócio

Deus o chamou pelo seu nome, em alto e bom som! Sabia que o senhor seria um pastor que apascentaria suas ovelhas com muito amor, carinho e fidelidade!

O Sacertode é aquele que, com tanta alegria, disponibilidade e doação, atende a este apelo Divino, tendo Deus como guia. É capaz de façanhas incríveis como orientar, acompanhar, colocar no verdadeiro caminho o rebanho recebido, num rebanho tão diverso como somente um pai pode fazer, entendendo, compreendendo as facetas de cada uma de suas ovelhas, tornando-se um com aquele intelectual, com aquele que chora, com o que tem dificuldade em se expressar, com aquele que necessita mais do sustento espiritual do que do material. Enfim, é estar sempre no meio dos seus paroquianos, atendendo as mais diversas necessidades.

Nós somos muito gratos, Pe. Ivan, pelo seu sim, onde Deus nos presenteou com você em nossa comunidade para que juntos, chegássemos em nossas conquistas. Obrigado pelo seu esforço, dedicação e pelo seu carinho por todos nós; por ser este pai espiritual que conduz os nossos passos sempre em direção a Deus.

Que o Espírito de Deus continue a lhe iluminar e que Deus e Nossa Senhora de Fátima continuem lhe abençoando nessa caminhada!!!

"O Sacerdote é o amor do Coração de Jesus. Quando virdes o padre, pensai em Nosso Senhor Jesus Cristo." São João Maria Vianney


Paz e Bem!!!

14º Domingo do Tempo Comum

Na 1ª leitura, o povo, após o exílio babilônico, sonha com a participação dos benefícios da cidade restaurada. Deus, com a ternura de uma mãe, manifesta a salvação e consola os que sofrem.

Na 2ª leitura, Paulo confia na graça de Deus, revelada em Jesus, que o faz nova criatura. As provações sofridas, por causa do evangelho, são marcas que o identificam para sempre como servo de Cristo.

Jesus, após o envio dos Doze, escolheu outros setenta e dois e enviou-os como testemunhas autorizadas, dois a dois, para anunciar a proximidade do Reino de Deus a todas as nações. Com um estilo de pobreza e desprendimento manifestam a opção livre e a dedicação plena ao Reino. Ao entrar numa casa transmitem a verdadeira saudação da paz (shalom), síntese dos bens messiânicos da salvação, anunciados pelos profetas e manifestados em Cristo. Anunciam o Reino de Deus, revelado em Jesus, com gratuidade, acolhendo a hospitalidade oferecida. Enfrentam situações de rejeição e hostilidade, compartilhando a mesma autoridade de Jesus sobre as forças do mal. Diante do êxito missionário devem glorificar o Pai pela pertença ao seu Reino: Ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu.
                            
Revista de Liturgia

Santidade

“A vontade de Deus é que sejais santos” (1Ts 4,3).

Num determinado tempo litúrgico, a Igreja celebra a Solenidade de Todos os Santos. Celebramos os santos canonizados e os não canonizados, todos os que estão na glória de Deus, ou seja, os que fizeram o bem, os que colocaram em prática os ensinamentos de Jesus.

Santos são modelos para nós, são homens e mulheres que assumiram o Evangelho e souberam amar Cristo; hoje, desfrutam a alegria de ver Deus. Mas a santidade não é só para os que já morreram. Todos somos chamados a vivê-la: “A vontade de Deus é que sejais santos” (1Ts 4,3). Ela não é fruto do esforço humano, que procura alcançar Deus com suas forças e até com heroísmo. É um dom do amor de Deus acompanhado da resposta do homem, que acolhe o dom, pois Cristo deu a sua vida pela nossa santificação (cf. Ef 5,25-26).

Deus, na Sua infinita Misericórdia, chama-nos à santidade. Jesus nos ensina que o homem que se reconhece pecador e sabe que só Deus salva está no caminho da santidade (cf. Lc 18, 9-14). Deus ama o pecador, mas não ama o pecado. O Amor de Deus é sem limites, não conhece restrição, envolve tudo, é maior que qualquer pecado: “Onde, porém, se multiplicou o pecado, a graça transbordou” (Rm 5,20).

Deste modo, a santidade não é fruto de um esforço de fazer perder o fôlego, mas a capacidade de ultrapassar nossas próprias condenações, de nos olharmos com o olhar de amor e ternura com que Deus nos olha e continuarmos a fazer o bem no meio de nossa fraqueza. É descer até as profundezas da humildade, reconhecendo a própria fraqueza e pedindo a Deus a graça da santificação: “Basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que a força se realiza plenamente” (2Cor 12,9).

A força da santidade vem na medida em que nos esvaziamos e damos espaço para o Espírito Santo de Deus agir e nos santificar, pois santo é quem, ao saber que é acolhido incondicionalmente por Deus, aceita sua fraqueza e se deixa levar por Aquele que o ama, isto é, santo é quem deixa Deus conduzir a sua vida! Sabemos que a esperança não decepciona, por isso nós nos alegramos na esperança da glória de Deus.

Nesta terra, somos peregrinos, somos caminheiros da esperança, caminhamos para o Céu, nossa pátria definitiva.

Não existe vida cristã nem santidade sem vida de oração. A oração tanto pessoal como comunitária é lugar no qual o cristão cultiva sua amizade com Cristo, alimentado pela Palavra e a Eucaristia. A oração diária é sinal do primado da graça no caminho do discípulo missionário. Por isso é necessário aprender a orar.

Vamos rezar pela multidão de santos e santas anônimos, que, na rotina de seu cotidiano, constroem o Reino de Deus. Vamos pedir a Ele a graça de, em meio as nossas fraquezas e pecados, sermos capazes de, cada vez mais, testemunhar a santidade em nosso mundo.

Dunga

Comunidade Canção Nova

Que sua fé ilumine sua razão

Não faça da razão a motivação maior da sua fé. Muito pelo contrário, permita que ela ilumine a sua razão, permita que a fé em Deus ilumine o seu raciocínio.

Hoje, celebramos o apóstolo São Tomé. Foi ele quem, após a Ressurreição, estando os discípulos reunidos, disse: “Se eu não vir as marcas dos pregos em Suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no Seu lado, não acreditarei”.
São Tomé é o apóstolo de todos aqueles que são incrédulos. Quem de nós não tem incredulidades na vida? Aliás, no caminho espiritual, no caminho da vida com Deus e em Deus, a grande dificuldade do nosso relacionamento com o Senhor são as nossas incredulidades.

Nós até acreditamos em Deus – quem de nós não acredita n’Ele? Até aqueles que não O conhecem, não tem uma experiência mais viva do Seu amor, de uma forma ou de outra crê em Deus. No entanto, crer n’Ele não é o suficiente, é preciso ter fé e saber o que o Senhor é capaz de fazer.

Tomé teve dúvidas, pois não havia tocado o Mestre. Ele queria uma prova, acima de tudo, até material. Isso é próprio do racionalismo moderno; querer que tudo seja passado por via da matéria, que tudo seja provado de forma racional.

Digo a você, meu irmão, não elimine a sua razão nem deixe de viver com ela. Mas não faça da razão a motivação maior da sua fé. Muito pelo contrário, permita que ela ilumine a sua razão, permita que a fé em Deus ilumine o seu raciocínio. Dê serenidade àquilo que você crê na vida. A fé também precisa da razão para não ser ingênua, vivida de qualquer jeito; creia que o poder de Deus em nossa vida é maior do que qualquer dos nossos raciocínios.

Creia que esse Deus é poderoso e pode fazer muito por nós.

Então, Tomé, viu e passou a crer, mas é muito mais feliz aquele que não vê e crê. Não vendo nem tocando, diretamente, concretamente em Deus, nós estamos vivenciando e saboreando a presença d’Ele em nossa vida.

Deus abençoe você!


Padre Roger Araújo

Só manifestar ou ir além e testemunhar?

Em meio a tantas manifestações que tenho visto nesses dias me veio dois sentimentos: um de lembrança e outro de questionamento.

Lembrei-me de São Paulo quando, ao escrever aos romanos, exclama: “a criação em expectativa anseia pela manifestação dos filhos de Deus”[1]. Essa palavra fez eco no meu coração diante da insatisfação dos homens e mulheres desse tempo, que saem às ruas pedindo por justiça.

Depois, o questionamento quanto ao meu papel como cristã, católica, leiga consagrada inserida no meio secular. Sou chamada a só manifestar ou ir além e testemunhar? Creio que seja polêmico generalizar e, por isso, prefiro falar em primeira pessoa.

Também me sinto insatisfeita com os regimes políticos, também me sinto cansada de assistir como num espetáculo o descaso com educação, saúde, transporte, segurança, entre outros serviços. Também me sinto triste por ver, como dizia o amigo João Paulo II, “o caos em que se encontra a humanidade”[2]. Mas, em meio aos desertos da fé, sinto-me impelida pelo Espírito a clamar ao Senhor que “abra uma vereda no deserto, faça correr arroios pela estepe”[3], realize uma Obra Nova nesse tempo. Diante do meu clamor escuto um grito de Deus: “O que tens feito, minha filha? O que tens feito?” Daí posso, talvez, não dar resposta ao meu questionamento, mas perceber que faço parte desse contexto, que não posso me negar a contribuir, “não posso sufocar as queixas do meu coração”[4] cristão que, como o de seu Mestre, olha a multidão e se compadece[5]. Dessa compaixão nasce a chave da questão, vem à minha mente uma grande sabedoria para nós, cristãos: o testemunho.

O próprio Jesus, que realizou a grande divisão de águas da humanidade com seus simples e concretos ensinamentos, ensinou-nos o caminho, fez esse caminho antes de nós e nos convidou a estar no nosso lugar no mundo, o de servos da humanidade e, ainda mais, prometeu-nos que faríamos coisas maiores do que Ele[6].

Eis o tempo favorável para dar o melhor de nós, não só nas ruas, mas no dia a dia, nas nossas casas, trabalhos, comunidades, paróquias, na sociedade. TESTEMUNHO é palavra honrada pelos primeiros cristãos e pelos muitos homens de nosso tempo que com radicalidade abraçam a causa de Cristo.

De manifestação em manifestação, mudam-se as estruturas políticas, mas de testemunho em testemunho toca-se no lugar mais importante: o coração do homem. Eis o nosso alvo! Eis as nossas bandeiras e armas: o testemunho na vivência radical do Evangelho.

Termino citando o grande João Paulo II e pedindo a ele, que passou por dois regimes totalitários, que me ensine a construir a civilização do amor. Ensine-me a ser um tijolinho dessa construção, pois, sem mim, pela brecha que eu possa deixar, toda edificação pode ser comprometida. Eis-me aqui! Envia-me, Senhor.

“Quando penso no mundo, que se desvanece e morre pela falta de Cristo; Quando penso no caos profundo em que se despenca a inquieta e cega humanidade pela falta de Cristo; Quando me encontro com a força da juventude apática e destroçada na própria primavera da vida pela falta de Cristo, não posso sufocar as queixas de meu coração. Quisera multiplicar-me, dividir-me, para escrever, pregar, ensinar Cristo. E do espírito mesmo do meu espírito brota contundente e único grito: MINHA VIDA POR CRISTO![7]”.

Enne Karol

Missionária da Comunidade de Aliança Shalom